Inovações tecnológicas aplicadas no varejo como computação cognitiva, realidade virtual e aumentada e assistentes virtuais, entre outras, mostram para o setor a necessidade de apostar, de modo criativo e sustentável, na integração do físico com o digital e aumentar a experiência para os consumidores.
Há uma pergunta que permeia o varejo: com a transformação digital, é o fim das lojas físicas? Esse é um dos maiores debates atuais no mundo dos negócios. Há, claro, as opiniões fatalistas sobre o futuro das lojas físicas, assim como diziam que a televisão perderia relevância com a popularização da internet, ou ainda, em tempos de outrora, que o rádio deixaria de existir com a chegada da televisão. Nada disso aconteceu. As coisas de transformaram e se adaptaram. E o mesmo acontece agora com o varejo.
É fato que o mercado virtual está sim em expansão, com uma média de crescimento anual relevante e temos ainda que considerar a entrada cada vez mais forte do Metaverso no setor, mas em resumo, é possível afirmar que apensar do avanço tecnológico, não é o fim dos PDVs.
Marketing de experiência
A tendência futura para o mercado é acontecer uma integração do ponto de venda a uma estratégia multicanal de marketing e vendas, ainda desempenhando um papel importante e com potencial para focar cada vez mais no marketing de experiência para o fortalecimento da marca. Ou seja, a união do PDV com o chamado PDX. Essa sigla representa a evolução do ponto de venda. Um conceito moderno e consistente para se transformar o tradicional PDV em um espaço que oferece experiência, serviços, educação, soluções, relacionamento, interação, atualização e que também vende produtos e serviços.
Nessa jornada de compra multicanal, o consumidor também se ampara no virtual para compras físicas e vice-versa. Por isso, a solução para o varejo tem sido investir em experiências cada vez melhores e mais impactantes no ponto de venda.
Requisito dos novos tempos
Há projeções de especialistas que concluem que os shoppings, por exemplo, em um breve futuro, devem assumir de forma cada vez mais intensa sua posição de “hub logístico”, em especial as redes de lojas mais estruturadas e com filiais em diversas cidades.
Mauricio Andrade, diretor do Comitê Varejo Digital do IBEVAR acredita que os shoppings não vão virar apenas um “hub logístico” e sim um “hub experiencial”, onde a logística/distribuição é apenas uma das dimensões desse novo conceito de conveniência pós-pandemia. Nesse contexto, o shopping será espaço de trabalho, de alimentação, de encontro, de lazer, de suporte logístico para receber/devolver/trocar. “As mudanças observadas no comportamento do consumidor em busca da conveniência 5.0 (que envolve uma gestão do tempo muito mais complexa do que antes) já demandam das operações de varejo/shopping esse novo papel. Porém, é importante salientar que nem tudo são flores e tudo ainda está em fase de muitos testes e grandes aprendizados”, avalia o executivo.
Cláudio Felisoni aponta os shoppings como um “equipamento urbano” de grande importância comercial e também social, devido à oferta de mix de lojas, e atrações que atendem à demanda dos diferentes perfis de consumidores em um único espaço. Ele também compartilha da análise de que esse espaço continuará sendo frequentado e não deixará de ter a sua importância no ecossistema da jornada de compra. “O consumidor utiliza-se hoje de ferramentas dos mais diferentes canais de atendimento. Ele pode optar por comprar pelo site e retirar na loja para ver o produto. Ou utilizar da praticidade de vivenciar a experiência de conhecer o produto na loja, mas fazer a compra via e-commerce e receber em casa. São diversas alternativas que hoje deixam de ser apenas meras possibilidades para ser quase que um requisito desses novos tempos”, comenta do presidente do IBEVAR.
Evolução do varejo
Portanto, ao avaliar a história e evolução do varejo, percebemos que antes o PDV se resumia a vitrine, display era estático, sendo apenas uma via de mão única, onde o consumidor atuava como receptor das informações. Com a entrada e avanço da tecnologia, o ambiente ganhou interatividade e movimento, criando novas experiências de compra para o consumidor e fazendo com que ele se identifique com a marca, com o produto e o serviço.
A era da interatividade no ponto de venda chegou. Os totens touch screen se multiplicaram nas lojas físicas oferecendo aos consumidores a oportunidade de “sentir” o produto.
No varejo moderno, os conteúdos digitais são a essência deste novo ponto de venda. Ele foi enriquecido com opções que passam pelo novo conceito de design criado no mundo visual eletrônico, em que lojas físicas são ornamentadas por totens com vídeos e plataformas interativas com informações sobre os produtos que podem ser acessadas virtualmente. Vitrines exploram a atenção do consumidor com telas que veiculam promoções e eficiência das ofertas. E esses conteúdos podem ser alimentados remotamente, por meio da conectividade da internet, através de uma única central de gerenciamento e distribuição. A grosso modo, qualquer empresa pode ter sua TV corporativa, com a vantagem de que o conteúdo pode ser individualizado em cada PDV.
A união do racional e o emocional
Mas o salto tecnológico não para aí, há muito mais possibilidades disponíveis na corrida pela satisfação do cliente. O que se coloca como unanimidade na era da conectividade é que atrair o consumidor hoje, ao mesmo tempo que se tornou uma via mais complexa, também se concentrou no mundo da tecnologia.
“Muito se fala em Inteligência artificial e como gerar maior inteligência para os negócios. Portanto, não existe mais business sem tecnologia. Não existe transformação digital sem tecnologia”, é o que afirma Lucio Leite, Diretor do Comitê de Tecnologia e Inovação do IBEVAR.
Basicamente, o céu é o limite e o universo incrivelmente amplo. Para conhecer melhor um carro, um tênis, um telefone, abre-se um novo caminho de duas mãos, em que a experiência de compra é levada ao seu máximo, unindo o racional e o emocional, mas com informação de qualidade, garantida e replicada pelas plataformas de comunicação tecnológicas.
Sua empresa pode ser reconhecida
Pensando nesse cenário tão atual, o IBEVAR criou o Prêmio de Inovação no Varejo que está em sua segunda edição. O evento premiará projetos de varejo que inovaram processos, comportamentos, metodologias, logísticas, ecossistemas, formato de negócios, pautados em conceitos de transformação digital, inovação e tecnologia.
Com certeza sua empresa tem algo inovador para mostrar para o mercado. As inscrições são gratuitas e vão até 31 de maio. Não perca o prazo. Saiba mais informações e inscreva-se agora.
Fonte: Redação IBEVAR