Qualquer empresa precisa investir para sua continuidade ou crescimento ao longo do tempo. Sem realizar os investimentos necessários o negócio corre o risco de perder eficiência e qualidade em seus produtos e serviços, ter seus clientes insatisfeitos e ser ultrapassado pela concorrência.
Os investimentos são gastos em bens e serviços que visam à produção de outros bens e serviços. Por exemplo, equipamentos, máquinas, instalações, prédios, terrenos, novas tecnologias, treinamento, softwares e outros.
No entanto, existirá sempre um trade-off quando da tomada de decisão de investimentos. Quer dizer, ao decidir investir em algo a empresa necessita usar dinheiro, que está ou poderia estar alocado no suprimento de outras necessidades ou no proveito de outras oportunidades.
Uso do recurso com eficiência
O dinheiro é um bem escasso. Como tal deve ser usado com eficiência para proporcionar o melhor benefício possível e não faltar ao longo do tempo. As necessidades de uso do dinheiro seguem uma hierarquia, a qual pode ser pensada em usos que requerem urgência e outros que são importantes.
Os investimentos são usos importantes pois representam a sobrevivência e crescimento do negócio ao longo do tempo. Todavia, há outros usos urgentes, que devem preceder os investimentos, sem os quais há empresa corre o risco de fracassar.
São estes os pagamentos correntes de salários, fornecedores, aluguel, energia, impostos, e todos os demais obrigatórios e necessários para o funcionamento do negócio. Sendo assim, quem administra o negócio deverá ser criterioso na hora de investir, para que não faltem recursos para os usos urgentes.
Decisão pela existência do negócio
Outro ponto relevante é que todo dinheiro disponível para uma empresa tem um custo. Seja ele visível ou não. Quando se toma um empréstimo bancário para um determinado fim, o custo é visível e representado pela taxa de juros cobrada.
Entretanto, o custo do dinheiro usado no dia a dia para os diversos fins, e retirado do próprio caixa da empresa, não é visível. Todavia, deve-se pensar que ao tomar-se a decisão pela existência do negócio desistiu-se de usar o dinheiro para outras finalidades. A este custo invisível dá-se o nome de custo de oportunidade
Análise de estratégias
Portanto, antes de decidir sobre investir em algum projeto, seja de expansão, seja de manutenção de uma estrutura existente, deve-se avaliar o custo do dinheiro.
Se empréstimo bancário, o custo está ali, visível, e é representado pela taxa de juros cobrada. Se os recursos são retirados do próprio caixa da empresa, é preciso verificar onde estaria alocado.
Este não é um custo visível, mas em geral, deve-se pensar na remuneração de uma aplicação financeira de que se abriu mão para ter o negócio em funcionamento.
Por isso é tão importante pensar nas estratégias necessárias para guiar a escolha dos investimentos.
Texto escrito por professor Marco Couto
Por Marcos Couto é Doutor em Administração de Empresas FEA/USP; Mestre em Administração Contábil e Financeira EAESP/FGV; Bacharel em Economia FEA/USP. Docente desde 2001, atualmente é coordenador e professor da FIA – Fundação Instituto de Administração, em cursos de Pós-Graduação e MBA em Gestão de Negócios, Finanças e diversos cursos In Company.
Fonte – Redação IBEVAR