Quando falamos de novos tempos, há que se considerar a tecnologia como forte alavanca que impulsiona as empresas para o que chamamos de transformação digital e também, aspectos comportamentais que determinam a relevância da experiência do cliente como fator fundamental para o sucesso dos negócios.
Esse novo modelo de gestão veio para mudar a proposta de valor dos negócios e estabelecer um diferencial competitivo no mercado, utilizando as tecnologias para agilizar a coleta de informações dos clientes, compreendendo melhor os seus hábitos e assim identificar qual o meio que eles usam para fazer compras.
Os desafios para esse novo modelo
Promover a transformação digital nos negócios pode ser bastante desafiador, principalmente para as organizações mais tradicionais, considerando que essa transformação não pode ser apenas tecnológica, precisa também envolver cultura, ou seja, valores, crenças, processos e claro, PESSOAS!
Segundo pesquisa Culture for a digital age realizada pela McKinsey & Company, os maiores desafios para concretizar as prioridades digitais são as barreiras culturais e comportamentais.
A McKinsey aponta também que cada um dos obstáculos se torna ainda mais oneroso no mundo digital. “Onde predomina a aversão ao risco, o resultado pode ser a insuficiência de investimentos em oportunidades estratégicas e a lentidão na resposta às rápidas mudanças nas necessidades do cliente e na dinâmica do mercado.”
O Varejo nesse contexto
A boa notícia para o varejo pode ser o que aponta a pesquisa A&DQ Brasil (McKinsey), realizada em 2018-2019, relacionada a maturidade digital no Brasil, onde três setores se destacam: Serviços Financeiros, Varejo e Telecomunicações e Tecnologia.
Dados da pesquisa revelam que são os setores mais afetados pelas mudanças de comportamento e necessidades do cliente, bem como pela dinâmica competitiva. Quanto maior a maturidade, mais fácil será a superação dos desafios da transformação digital.
O papel da liderança nos novos tempos
Um dos principais papeis dos líderes em tempos tão voláteis, incertos, complexos e ambíguos (VUCA) e também, frágeis, ansiosos, não lineares e incompreensíveis (BANI), é promover a capacidade de ser um profissional “adaptágil”, ou seja, adaptar-se com agilidade e também, ter a consciência da importância de buscar continuamente o aprendizado.
O líder dos novos tempos precisa ser ANTIFRÁGIL, que segundo Nassim Taleb, no seu livro com o mesmo nome, significa ter a capacidade de aproveitar as mudanças para aprender, para evoluir. Ser adaptágil, aprendiz e antifrágil são premissas para líderes dos novos tempos.
Texto escrito por professor Guilherme Carvalho (Administrador de empresas, Especialista em Marketing (ESPM-RJ), com MBA em Gestão Empresarial (FGV/RJ), entre outras formações).
Fonte: Redação IBEVAR