Os integrantes da comitiva do IBEVAR se revezam entre os painéis e a feira Big Show da NRF 2024. O maior evento do varejo mundial, que começou dia 12 de janeiro. Há muito para ver, sentir, escutar, trocar e o sentimento, ao final de cada dia de evento, é que a bagagem de conhecimento que voltará ao Brasil estará recheada! O tema escolhido para este ano está realmente fazendo jus à sua proposta: “Make it Matter” ou “faça valer a pena”.

Jorge Inafuco, diretor Vogal do IBEVAR e Teresa Cristina Charotta, Diretora Executiva do IBEVAR e trazem alguns insights do primeiro dia do evento.

“Com esse foco de valer a pena, dentre as várias visitas realizadas destaco a Tiffany &  Co que ficou em reforma por 4 anos. O painel digital com imagens da cidade de NY traz a tecnologia para dentro de uma marca icônica. Além do design das joias para todos os perfis de consumidores, inclusive para as novas gerações”, comenta Teresa Cristina Charotta, Diretora Executiva do IBEVAR.

“O salão de chá forrado com o teto da famosa caixinha cor Tiffany demonstra que a criatividade pode reforçar a presença da marca. Entretanto, a seção de convites de casamento foi repaginada mas sem perder  a personalidade da loja anterior. de toda beleza e deslumvramento nos sete andares”, destaca também a executiva.

Tereza Cristina também comenta que encontrou uma Nova York diferente. “Percebi uma cidade trazendo o meio ambiente para dentro loja. Uma delas é a famosa loja da Apple que inseriu totens de árvores desidratadas para o cliente sentar e fazer uma pausa. Por outro lado, a concorrência atual é mais acirrada, então o varejo necessita gerar experiência e uma das formas foi a criação do espaço arena com um super telão para apresentações e demonstracoes de produtos”, comenta a executiva.

Ao final do primeiro dia, Jorge Inafuco, diretor Vogal do IBEVAR, destacou três palestras de marcas tradicionais presentes no varejo há muitos anos. O executvo convida à reflexão de como essas marcas enfrentam o desafio de se manter atualizadas frente ao cenário atual com tecnologia, IA e tantos outras ferramentas. Assista ao vídeo AQUI.

No inicio do segundo dia do evento, Jorge Inafuco começou a agenda com informações sobre a participação de Magic Johnson no salão principal. O astro do basquete abordou temas como inclusão social, carreira dos jovens e educação e enfatizou que a concorrência dos outros times sempre o motivaram a buscar o melhor de si. O astro discutiu aspectos de sua carreira, desde atleta até CEO, filantropo e empreendedor, sublinhando a importância da diversidade e inclusão nos negócios.

O painel com Lee Peterson, vice-presidente executivo da WD Partners, também arrancou admiração dos participantes. Ele começou sua palestra estabelecendo a principal diferença entre o varejo digital e o físico: o primeiro é construído para ser funcional e transacional, enquanto o segundo é emocional. Lee afirma que o varejo precisa despertar o interesse dos consumidores em frequentar a loja física e para isso os varejistas precisam focar na criatividade e no atendimento de qualidade.

Com quase 40 mil participantes, mil expositores na feira e uma programação de palestras rica em troca de experiências, é fato reconhecer que a NRF é um evento gerador de conhecimento sobre o varejo. E não é possível resumir tudo em um único texto.

Acompanhe as redes sociais do IBEVAR com novidades relatadas pela comitiva que acompanha o evento.

E aproveite para finalizar essa leitura com um material produzido pelo Novo Varejo, parceiro do IBEVAR que falou com o head de vendas da Nexaas, Andrei Dias, sobre a edição da NRF (National Retail Federation) deste ano e o executivo trouxe suas percepções sobre a maior e mais tradicional feira de varejo do mundo.

Para o executivo, é hora de o Brasil deixar de lado pragmatismos e enxergar a tecnologia como investimento, não despesa. 

Leia a reportagem na íntegra

A NRF (National Retail Federation), que ocorre anualmente em Nova York, foi realizada entre os dias 14 e 16 de janeiro, apresentando mais de 450 palestrantes aos mais de 40 mil participantes em sua 114ª edição. Com muitos cases e insights do setor, o evento é responsável por ditar as principais tendências para o ano, além de apresentar novas tecnologias disruptivas.

No entanto, nem tudo que é apresentado na feira chega ao Brasil com a mesma força que em outros países, como Estados Unidos e China. O porquê disso, para o especialista no setor e head de vendas da Nexaas, Andrei Dias, é o pragmatismo brasileiro ao enxergar a tecnologia como complexa e cara demais.

A IA como grande aliada

Trazendo mais uma vez a experiência do cliente como foco dos negócios, a NRF 2024 traz a Inteligência Artificial como grande aliada para a proporção de uma jornada mais valiosa. E, enquanto grandes marcas brasileiras já trataram de implementar a tecnologia em seus negócios desde o ano passado, tanto em lojas físicas como online, médias e pequenas empresas vêem este presente como algo distante, ressalta Andrei.

“No Brasil, naturalmente já sofremos um delay quanto às tendências do varejo mundial, como é o caso dos caixas de autoatendimento, que chegaram aqui muito mais tarde do que na Europa e nos Estados Unidos. Agora, o que vejo é, mais uma vez, o receio de médios e pequenos empresários do setor com a IA, mesmo havendo diversas alternativas de serviços por um custo acessível, principalmente proporcionadas por startups. Devemos olhar isso como um investimento, não uma despesa.”

Estratégias omnichannel

Capaz de sugerir com mais precisão produtos que possam ser do gosto do consumidor, com base em machine learning, a IA se popularizou com força no ano passado, por meio de chatbots responsivos. No varejo, tanto no online quanto no físico, a tecnologia tem o poder de encaminhar aos consumidores produtos que eles possam gostar, adotando estratégias omnichannel.

“Já existem lojas com sensores de IA nas vitrines, que captam o produto que o cliente está olhando e depois mandam uma mensagem no e-mail oferecendo cupom de desconto da peça, oferecendo experiências multicanais com assertividade e aumentando as chances de retenção de consumidores”, afirma o especialista.

Apesar de acreditar que o Brasil ainda precisa ultrapassar seus medos com investimentos no varejo, Andrei é esperançoso. Ele acredita que estamos num momento de transformação, e que, em breve, o delay que sofremos quanto às tendências se encurtará. “Este será um ano interessante para o varejo brasileiro, mais estável, acredito eu, e com mais ousadia por parte dos empresários.”

Fonte: Redação IBEVAR e Novo Varejo