A representatividade dos varejistas brasileiros no mercado global, segundo pesquisa de 2022 publicada pela National Retail Federation (NRF), não garante ao Brasil uma posição dentre os 50 maiores do mundo. Na lista, figuram empresas conhecidas como Walmart, Amazon.com, Carrefour, Inditex, Apple, Sephora e Decathlon.

A ausência de empresas brasileiras no ranking supracitado não significa, no entanto, que não existam organizações nacionais com atividades relevantes no exterior.

Marcas como Havaianas e Natura, além da atuação internacional via comércio eletrônico, possuem, também, presença física por meio de lojas implantadas nos Estados Unidos, em cidades dos estados da Flórida e da Califórnia (Havaianas) e em Nova Iorque (Natura).

Exportação para grandes organizações

Para um empresário que nunca exportou, observar estes ou outros representantes brasileiros inseridos no mercado externo pode provocar a sensação de que somente é viável a exportação para grandes organizações. Isso, no entanto, não é necessariamente verdadeiro. Empresas de menor porte, desde que adequadamente preparadas, podem sim vender em outros países.

Para conhecer os caminhos do comércio exterior, há diversas alternativas. Câmaras de comércio, empresas privadas e programas governamentais estão dentre as opções. Uma referência é o Exporta SP. Em colaboração com a FIA, o programa realizado pela InvestSP capacita empresários a exportar.

Forma mais eficiente e assertiva

O conteúdo técnico disponibilizado, de excelente qualidade, muda a perspectiva do “exportador de primeira ou segunda viagem”, colocando-o em condições de agir de forma mais eficiente e assertiva. Prova disso é que diversos empresários que participaram de tal treinamento realizaram uma inédita exportação antes mesmo de sua conclusão.

Independentemente do porte da empresa, a exportação exige, assim como a atuação em mercados locais, intensivo levantamento de dados, investimento e boa gestão. Considerando os riscos envolvidos, suporte profissional é sempre bem-vindo.

Para os que ainda estiverem hesitantes, a mensagem que fica é que, de forma organizada e bem-informada, a exportação nada mais é que mais um processo organizacional em que os eventuais custos adicionais poderão trazer substanciais vantagens para o negócio. Vale uma avaliação.

Texto escrito Por David Douek

David Douek é mestre e doutorando em administração pela FEA USP, arquiteto e urbanista pela FAU USP e administrador de empresas pelo Mackenzie. Fundou e dirige a OTEC, empresa de consultoria que atua no setor de real estate. Possui especializações em Green Buildings (Colorado State University), Investimentos Imobiliários (FGV), e Operações de Mercado Financeiro (FIA). Atua, também, como conselheiro do capítulo brasileiro da IBPSA.

Fonte: Redação IBEVAR