Americanas S.A. inova a logística de entrega no varejo e gera grande impacto social com o projeto Americanas na Favela, que possibilita que moradores das favelas possam comprar online e receber os produtos diretamente em suas casas, gerando inclusão e diminuição da desigualdade social, além de oferecer empregabilidade e capacitação profissional.
A Americanas S.A. é uma companhia com capilaridade única e uma plataforma de inovação tecnológica com mais de 90 anos de história, que está sempre inovando para disponibilizar produtos e serviços a mais de 49 milhões de clientes ativos.
“É uma parcela considerável da população brasileira que se conecta com as nossas lojas, sites, apps e com a nossa fintech, a Ame Digital. Temos como principal objetivo entregar a melhor experiência de consumo multicanal do Brasil”, comenta Márcio Cruz, CEO da Plataforma digital da Americanas S.A. Ele explica que a pandemia potencializou o processo de digitalização dos negócios e impulsionou o crescimento de 66,8% das iniciativas O2O (online to off-line) da Americanas S.A., atingindo R$ 4,4 bilhões nos últimos 12 meses. Por essa e outras razões que motivam o mercado nessa rota, a empresa se alinha com a necessidade de atender essa demanda e tem acelerado iniciativas que integram o mundo físico ao digital.
Para atender à demanda pela maior conveniência e agilidade, que já fazem parte dos novos hábitos de consumo, a Americanas S.A. busca conectar ainda mais lojistas parceiros (104,5 mil, atualmente) e produtos (hoje, são 111 milhões disponíveis no site) para o seu e-commerce e ampliar sua malha logística para entregar em todos os CEPs do Brasil. “Com a expansão do alcance da empresa, veio um outro desafio: o de chegar onde ninguém chegou, para sermos relevantes no dia a dia de ainda mais pessoas”, revela Márcio Cruz.
Ele nos conta sobre o projeto Americanas na Favela, inscrito no Ranking IBEVAR – FIA 2021 em que a Americanas S.A. foi uma das vencedoras do prêmio de inovação no varejo, desenvolvido pelo Comitê de Tecnologia e Inovação, liderado por Lúcio Moraes, Diretor de Transformação Digital e Líder de Negócios de Varejo Teltec Solutions em conjunto com o Comitê de Varejo Digital, dirigido por Mauricio Andrade, Diretor de Soluções para Bens de Consumo, Varejo e Distribuição Latam Capgemini Brasil. Confira os melhores momentos do evento e as empresas premiadas.
Márcio Cruz avalia que a participação no Ranking IBEVAR legitima todo esse trabalho, pois trata-se de um importante termômetro para entender como o mercado enxerga o valor das novas iniciativas. “Além de ser um dos mais importantes prêmios do varejo brasileiro, se destaca por trazer um ranking focado nas impressões de quem mais importa: os consumidores. Estamos muito felizes com o resultado, que reforça o nosso propósito e nos impulsiona a fazer muito mais”, completa o CEO da Plataforma digital da Americanas S.A.
No bate-papo sobre essa iniciativa inovadora, o CEO da Plataforma digital da Americanas S.A. relatou que o isolamento social imposto pela pandemia gerou novos hábitos de consumo em toda a população. Moradores de comunidades também intensificaram as compras pela internet, porém a grande maioria não consegue receber itens em casa, como correspondências e compras, por conta dos desafios logísticos, como residências em becos e vielas sem CEP. “Identificamos a possibilidade de ampliar nosso papel social por meio da inclusão coletiva nas favelas – um berço de cultura, cooperação e humanidade, além de ser uma economia significante”, conta empolgado Márcio Cruz
E foi assim, com o objetivo de promover o desenvolvimento social e atuar de forma transformadora nessas comunidades que nasceu o Americanas na Favela, projeto de entrega em comunidades em vulnerabilidade. Iniciada em abril de 2021, em Paraisópolis, segunda maior favela do estado de São Paulo, a iniciativa conta com a parceria do G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social das favelas, e da startup de logística Favela Brasil Xpress.
Com esta frente, milhares de moradores de comunidades já podem receber produtos do estoque da empresa e de milhares de lojistas que vendem no marketplace da Americanas S.A., nos sites e apps da Americanas, Shoptime, Submarino e Soub!, na porta de casa. O mais interessante é que a entrega é de morador para morador. Os entregadores do projeto são das próprias comunidades e conhecem a geografia e as particularidades de cada local, o que garante à operação um alto nível de eficiência. Os pedidos saem a partir de dark stores ou contêineres da Americanas S.A. alocados em espaços comunitários, que funcionam como centros de distribuição. A operação é um sucesso e já atingiu picos diários de mais de 1.000 entregas.
O projeto rendeu uma ótima conversa sobre impacto social e inovações no mercado do varejo. Confira a seguir.
Com os novos hábitos de consumo, o Projeto Americanas na Favela foi muito mais que inovador, foi revolucionário em um momento de tanto desafio para o varejista e também para o consumidor. Quais foram os maiores impactos percebidos?
Márcio Cruz – O impacto dessa operação vai além do econômico. A Americanas na Favela é um dos principais projetos da estratégia ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) da Americanas S.A., desenvolvida em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) listados na Agenda 2030 da ONU. Isso quer dizer que ele tem objetivos claros de desenvolvimento social, por meio da inclusão, redução das desigualdades e capacitação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade social. É justamente nesse ponto que a gente enxerga que o varejo pode, de fato, somar para transformar a vida das pessoas.
Em pouco tempo, a Americanas na Favela trouxe grandes resultados econômicos e sociais. A atuação junto às comunidades atendidas pelo projeto foi um salto na nossa estratégia ESG e traz muitos aprendizados. Estamos comprometidos com o desenvolvimento sustentável e iniciativas de caráter social, para contribuir na redução das desigualdades do país, além de gerar impacto positivo na vida dessas pessoas.
Esse projeto teve uma visibilidade social importante. E o impacto foi tão grande neste curto espaço de tempo, que já trouxe inclusive desdobramentos do projeto. Fale um pouco sobre esses frutos, por favor.
Márcio Cruz – Seguindo esse norte, desde julho de 2021, a Americanas S.A. promove cursos de capacitação profissional para os moradores das favelas. A iniciativa é um desses desdobramentos do projeto de entregas de compras online da companhia em comunidades, oferecendo inicialmente 1.000 bolsas de estudos para capacitação em logística, tecnologia e outras áreas relacionadas ao varejo. As aulas online foram desenvolvidas em parceria com o G10 Favelas e a Emprega Comunidades, e estão disponíveis por meio da Labora, plataforma especializada em inclusão de jovens e adultos em vulnerabilidade no mercado de trabalho. A primeira turma é composta por moradores de Paraisópolis, em São Paulo, e prevê formar ao menos 350 operadores de logística até o fim deste ano. Mais do que promover a capacitação dos participantes, o projeto prevê a transformação social na vida das pessoas, qualificando-as para oportunidades no mercado de trabalho, incluindo áreas da Americanas S.A..
Em termos práticos, em apenas seis meses de operação alcançamos a marca de 100 mil pacotes entregues em favelas. O desbloqueio desses novos espaços de atuação amplia nossa capacidade de distribuição e alcance dos serviços – incluindo para os lojistas parceiros das próprias comunidades – nos aproximam dos nossos clientes e contribuem para a redução dos prazos de entrega. Hoje, temos orgulho em dizer que entregamos em 100% dos CEPs brasileiros, incluindo becos e vielas de favelas.
Foi um projeto de grandes proporções que envolveu – e envolve – muitos detalhes importantes. Quais estratégias usadas que considera que fizeram a diferença para o sucesso do projeto e quais os maiores desafios enfrentados?
Márcio Cruz – Essa logística de entrega era um dos principais desafios desse projeto. Ou seja, como incluir esses moradores no mapa do e-commerce dentro de uma operação tradicional, que até então considerava CEPs e numerações padronizadas como destino para entrega? A nossa cultura é uma cultura de superação e de inovação. Foi com essa mentalidade que desenhamos todo o fluxo logístico, com a Favela Brasil Xpress e conseguimos, em semanas, operacionalizar a entrega de compras online para mais de 100 mil moradores de Paraisópolis, primeira a abraçar o projeto Americanas na Favela.
Esse é um projeto alinhado a estratégia macro da Americanas S.A. de ser mais relevante no dia a dia das pessoas, oferecendo produtos e serviços para nossos clientes em todo o Brasil. Com a Americanas na Favela, entramos em um mercado ainda invisibilizado pela sociedade e queremos mudar isso. Estamos somando a força e a experiência da Americanas S.A. no mercado à potência dos moradores das favelas para gerar impacto positivo na vida de milhares pessoas.
Para criar esse elo e entender as especificidades dessa operação, a parceria com instituições sociais é fundamental. Juntos com o G10 Favelas e o Favela Brasil Xpress, desenhamos o melhor modelo dessa operação, com entregadores locais, que conhecem cada beco e cada endereço, se deslocando de forma rápida, inteligente e utilizando diferentes modais de micromobilidade e baixo carbono que conseguem percorrer as vielas estreitas das favelas, como bikes elétrica e tuk-tuks.
Essa parceria não se encerrou com o início da operação. A soma de ideias, a troca quase que diária com os nossos parceiros e o mapeamento de novas oportunidades, tanto de negócios quanto de desenvolvimento social, é o que impulsiona o sucesso da Americanas na Favela e a expansão do projeto para novas comunidades. A iniciativa segue expandindo em quatro novas favelas: Heliópolis e Cidade Júlia, em São Paulo, e Vila Cruzeiro e Rocinha, no Rio de Janeiro e prevê alcançar novos territórios nos próximos meses.
Como vê a projeção futura do e-commerce no setor varejista? Há um planejamento de um novo alcance dentro do projeto para o próximo ano?
Márcio Cruz – A Americanas S.A. tem o propósito de somar o que o mundo tem de bom para melhorar a vida das pessoas. Ao longo dos anos, investimos em um portfólio diversificado de produtos e serviços com qualidade e preços justos, em inovações tecnológicas e na aceleração constante em iniciativas que conectam o mundo físico e o digital.
Estamos presentes em todo o Brasil e queremos impactar cada vez mais pessoas e territórios. Por isso, nossa estratégia ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) está fundamentada em 5 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU: educação de qualidade (4); igualdade de gênero (5); trabalho decente e crescimento econômico (8); redução das desigualdades (10) e ação contra mudanças climáticas (13).
Estamos levando a Americanas na favela para outras comunidades, utilizando o mesmo modelo de sucesso iniciado em Paraisópolis. Já alcançamos as favelas de Heliópolis e Cidade Júlia, em São Paulo, e Vila Cruzeiro e Rocinha, no Rio de Janeiro. A Americanas S.A. prevê a expansão do projeto para ainda mais cidades e regiões do país, além de priorizar a ampliação considerável do número de entregas realizadas dentro das comunidades. Acreditamos no sucesso e na legitimidade desta iniciativa. Seguiremos investindo neste e em outros projetos que promovam a empregabilidade e a inclusão social entre a população em situação de vulnerabilidade social no país, como a Americanas Social, marketplace social no e-commerce da companhia, que reverte 100% do lucro da venda de produtos para as ONGs, pequenos e microempreendedores sociais conectados à nossa plataforma.
Nesse baet-papo falamos bastante sobre como esse projeto impactou tantas frentes de uma vez e em pouco tempo. Mas e sobre a premiação recebida no Ranking IBEVAR – FIA 2021, houve algum impacto para a marca?
Márcio Cruz – Todo reconhecimento para um projeto de sucesso é importante. Estamos muito felizes pela Americanas S.A. receber os prêmios de 1º lugar nas categorias Loja de Departamento e, também, Comércio Eletrônico do Ranking de Imagem, da IBEVAR-FIA, além de vencer o prêmio IBEVAR de Inovação do Varejo, na categoria Diversidade e Inclusão, com o projeto Americanas na Favela. Vemos as premiações não só como uma vitória a ser comemorada, mas também como um importante motor para o desenvolvimento de projetos ainda mais inovadores, visando somar o que o mundo tem de bom para melhorar a vida das pessoas.
Fonte: Redação IBEVAR