Enquanto que as projeções do varejo restrito e ampliado apresentam resultados positivos para o trimestre maio-junho. Essa recuperação esperada em ambas as classificações do varejo não é suficiente, entretanto, para inverter a tendência negativa em doze meses. A inadimplência, por exemplo, continua em alta. 

De acordo com a projeção elaborada pelo IBEVAR – FIA BUSINESS SCHOOL, a taxa de inadimplência (recursos livres) deve ficar entre 6,13% e 6,70%, com média estimada 6,41% para maio de 2023.

Os dados desse levantamento implicam em um aumento de 0,24 p.p. na comparação com o valor real de março de 2023 e de 0,17 p.p. em relação ao valor estimado para abril de 2023.

Persistência no aumento de inadimplência

Considerando-se o significativo aumento de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (6,41%) e o limite superior (6,7%) do intervalo estimado para o mês de maio de 2023.

Para o Presidente do IBEVAR, Prof. Claudio Felisoni de Angelo: “A recuperação do varejo projetada para o trimestre maio-junho é esperada, mas não é suficiente, entretanto, para inverter a tendência negativa em doze meses. A persistência no aumento da taxa de inadimplência reflete essa tendência”.

Projeção de vendas

Estudo IBEVAR – FIA BUSINESS SCHOOL avaliou a projeção de vendas no mesmo período e mostrou que o varejo restrito deve crescer 1,08% em maio, 0,26% em junho e 0,42% em julho. Portanto, um percentual acumulado de 1,8% nesses três meses.

Para o ampliado (nessa segunda definição incluindo material de construção, automóveis, partes e peças), por sua vez projeta-se expansão de 0,86%, 0,21% e 0,98% respectivamente no referido período.

Recuperação é muito bem-vinda

Esses percentuais compostos resultam em um crescimento de 2,1% nos meses maio – julho.

Examinando os resultados ao nível dos segmentos para o trimestre maio – julho, estima-se a seguinte evolução:

  • – Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%);
  • – Móveis e eletroeletrônicos (5,4%);
  • – Tecidos, vestuário e calçados (5,1%);
  • – Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; Material de construção (2,2%);
  • – Hípermercados e supermercados (1,0%),
  • – Hípermecados, supermercados, bebidas e fumo (0,29%);
  • – Material de escritório (0,0%);
  • – Automóveis, partes e peças (0,0%)

“Essa recuperação é muito bem-vinda, mas ainda não deve ser sentida de forma significativa ainda nesse trimestre, visto que o varejo vem mergulhado em resultados negativos de forma recorrente nos últimos meses”, comenta Claudio Felisoni.

Fonte: Redação IBEVAR