Uma liderança transformativa é ativa o tempo todo e toma ações para enfatizar o propósito de suas decisões para que as pessoas envolvidas possam compreender seus motivos e convergir na mesma direção.

Saber do que se trata a liderança transformativa transborda o ambiente do escritório. Afinal, todos nós somos líderes de nós mesmos. Toda pessoa precisa tomar decisões sobre a própria vida.

Ou seja, todos se beneficiam ao entender do que é preciso para que tais decisões as levem para os lugares onde desejam estar, sem gerar consequências negativas aos outros.

Para isso, vamos compreender quais são os pilares da liderança transformativa e como eles se alinham entre si.

Premissas da liderança transformativa

Aceitar e compreender a interdependência
A primeira premissa da liderança transformativa é saber que a interdependência é parte indissociada da vida humana.

Uma das inconsciências que temos enquanto humanidade é de que não somos dependentes. Acreditamos que dependemos de outra pessoa somente quando crianças, mas quando chegamos na fase adulta é importante entender sobre a interdependência. Afinal de contas, a sua atitude reflete no outro e a atitude do outro reflete em você.

De forma geral, ouvimos muito a fala “eu fiz a minha parte, agora as pessoas que façam a parte delas”. Aqui, é necessário entender que este pensamento impacta a sua realidade.

Você ainda pode exercer uma influência no outro para que ele possa fazer a parte dele. Dessa forma, essa postura melhora a qualidade do sistema onde se está inserido. Portanto, é bom para o outro e é bom para você também.

Nesse sentido, vamos trabalhar sempre olhando para três perspectivas diferentes.

  • Perspectiva de si
  • Perspectiva dos outros
  • Perspectiva do contexto

Lideranças transformativas precisam de autoconsciência

A segunda premissa da liderança transformativa é a necessidade de autoconsciência. Definitivamente, temos ouvido falar muito sobre autoconhecimento e isto será cada vez mais requerido no mercado.

Quanto mais autoconsciência um líder tiver, melhor será a qualidade das suas decisões. Afinal, não adianta ter um olhar voltado para o outro e para o contexto e não tomar uma decisão positiva para si mesmo. Dessa forma, a decisão não se sustenta.

Infelizmente, é comum vermos lideranças tomando decisões boas para todos, menos para si. E uma das consequências disto pode ser um adoecimento.

Como conectar uma decisão a um propósito maior
Quanto maior o nível de complexidade da tomada de decisão, mais importante é essa premissa.

Geralmente, percebe-se que muitas lideranças, sejam elas pessoais ou profissionais, acabam tomando decisões que geram muita gestão de consequência.

Portanto, para uma liderança transformativa, é essencial ter clareza sobre objetivos e intenções. Sem isto, é muito comum tomar decisões que levam a lugares onde não queremos estar e corre-se o risco de entrar no piloto automático.

Ao tomar decisões que contribuem para uma causa maior, você consegue gerar mais engajamento da equipe e criar um fluxo de ação no qual as pessoas possam se empenhar na mesma direção.

É muito comum encontrar contextos onde os colaboradores estão trabalhando muito, mas cada um tem uma direção diferente. Assim, ainda é possível alcançar o objetivo estabelecido. No entanto, haverá muito gasto de energia.

Basicamente, a liderança transformativa é a capacidade do líder de, ao tomar decisões, encontrar o máximo de equilíbrio possível entre o que é bom para si, para os outros e para o contexto. Para que isso seja possível, o diálogo é o caminho.

A liderança transformativa e o tempo de decisão
Além disso, quando não há incidentes críticos ou decisões que têm que ser tomadas muito rapidamente, é importante dar o tempo da decisão. Em outras palavras, é preciso saber gerenciar a ansiedade.

Quanto maior é a complexidade, mais importante será o encontro deste tempo para dialogar e incluir as vozes e as percepções. Assim, você é capaz de engajar o maior número de pessoas possível na sua decisão. Dessa forma, você gera transformação.

Portanto, uma liderança transformativa começa na compreensão de si. Com diálogo e engajamento em uma mesma direção, cria-se uma realidade com conexão entre o que é bom para si mesmo, para os outros e para o contexto.

Fonte: LABFIN-PROVAR