Em algum momento da sua jornada profissional, você já deve ter se questionado sobre o que poderia fazer para se sentir mais realizado e bem-sucedido. Especialmente em tempos de grandes incertezas, como a gestão de carreira pode nos ajudar a conciliar as nossas expectativas individuais com as imposições organizacionais e sociais? Em que medida o autoconhecimento e a compreensão do que é importante para nós podem guiar as nossas escolhas profissionais?

Todas essas perguntas parecem muito difíceis de responder, não é mesmo? Mas, neste artigo, queremos lhe ajudar, compartilhando algumas estratégias para você construir uma trajetória profissional bem-sucedida, a partir das reflexões que a Profa. Érica Custódia de Oliveira vem compartilhando no Viva uma experiência na FIA. Vamos lá?

Autoconhecimento como peça-chave na gestão de carreira
Desde os anos 1990, devido à globalização e ao advento de tecnologias cada vez mais avançadas, houve um aumento da competitividade no mercado.

Tal competitividade se acirrou ainda mais nas últimas duas décadas com a transformação digital em larga escala. Com isso, cresceram também as dúvidas relacionadas ao desenvolvimento profissional e à gestão de carreira.

No entanto, em meio a tantas incertezas, existe algo que permanece praticamente igual: nós mesmos.

Parece estranho dizer isso, mas, de fato, ainda que nos transformemos muito ao longo da vida, certos princípios, propósitos e valores persistem dentro de nós, nos constituindo e nos fazendo ser quem somos.

São justamente eles que devemos levar em conta no planejamento e gestão de nossa carreira.

E para isso, precisamos, fundamentalmente, trabalhar o nosso autoconhecimento. Só quem olha para si mesmo, contemplando suas forças e vulnerabilidades, pode realmente tomar decisões coerentes com aquilo que se é e se deseja para si.

Reconhecimento de suas potencialidades
Se o primeiro passo é nos conhecermos profundamente, devemos, então, nos questionar sobre os nossos pontos fortes e fracos. Mas como isso colabora exatamente para a gestão de carreira?

Por exemplo, sendo você um profissional com alguma experiência já acumulada, parar e olhar para o seu passado vai lhe ajudar a reconhecer suas realizações importantes.

A partir desse olhar em retrospecto, é possível descobrir os pontos que conectam todas elas ou aqueles pontos que interligam, de alguma forma, os seus principais e mais assertivos momentos de decisão.

Leitura do contexto
O mergulho interior é fundamental para o reconhecimento de nossas potencialidades. Sem ele, se torna mais difícil saber o que fazemos bem e como podemos ir ao encontro de nossos objetivos mais íntimos.

Porém, existe o mundo de fora, no qual, a todo momento, temos que conciliar tais objetivos com a realidade imposta pela sociedade e pelas organizações.

Ou seja, para uma boa gestão de carreira, não se deve ignorar as oportunidades e os desafios que essa realidade nos apresenta.

Assim, fica mais fácil encontrar um equilíbrio entre as nossas projeções individuais e as expectativas e imposições externas.

Plano de ação guiado por propósitos
Após um profundo exercício de autoconhecimento e investigação das oportunidades do contexto em que nos inserimos, tomamos consciência dos pontos de conexão entre as escolhas que fizemos ao longo de nossa trajetória.

São naqueles que mais se destacam positivamente que devemos nos apoiar para traçar um plano de ação para o futuro de nossa carreira.

Estabelecendo esse plano em consonância com os nossos princípios, propósitos e valores — sem perder de vista, também, as limitações da realidade tal qual ela se apresenta —, aumentamos a qualidade de nossas decisões e, por conseguinte, de nossa jornada profissional.

Gestão de carreira como ampliação de experiências
A tomada de consciência de nossos pontos fortes e fracos, somada à interpretação de nosso contexto, nos leva ao questionamento: como podemos potencializar nossos talentos e, assim, ter mais sucesso em nossa carreira?

São as situações que nos desafiam que fazem crescer o grau de complexidade de nossas experiências.

Portanto, enfrente os desafios que se apresentam, amparando-se, para isso, nas suas potencialidades, no aprimoramento de seus conhecimentos através da aprendizagem contínua e na troca com os seus pares.

Troca com os pares
Se a gestão de carreira não pode ser dissociada, como vimos mais acima, do autoconhecimento, o mesmo se dá com a troca com os nossos pares.

Você já se perguntou como pode contribuir com a carreira dos outros e permitir que os outros contribuam com a sua?

É justamente por meio dessa troca — desde que genuína, respeitosa e transparente — que compreendemos melhor nossas vulnerabilidades e também desenvolvemos empatia, aprimorando, assim, a gestão de nossa carreira, de modo a orientá-la numa direção que nos permita ser feliz e agregar valor ao outro e ao todo também.

Fonte: LABFIN.PROVAR-FIA