Uma estratégia que reúne competências que garantam a eficiência e a proteção dos ativos, para atingir o aumento sustentável da lucratividade da empresa.

Atuando através de três áreas principais – Prevenção de Perdas, Gestão por Processos e Auditoria Operacional – tem ações focadas em garantir que as Operações de uma empresa cumpram as políticas e procedimentos existentes, de acordo com os riscos e vulnerabilidades identificados, suportados por auditorias e análises para melhoria contínua, além de monitoramento constante e sistêmico com investigações internas e externas que mantenham a cultura ética em todos os níveis.

Com uma visão sistêmica e inter-relacional, tem uma relevância brutal na lucratividade, criando um padrão de qualidade na execução em toda a cadeia de abastecimento, fato antes encontrado somente no segmento industrial.

A Governança Operacional é uma necessidade das empresas de varejo que buscam aumentar suas margens em um cenário de alta competição acelerada pela transformação digital e pela pandemia.

A falta de Governança Operacional impacta diretamente nas receitas, despesas e perdas de um varejista, seja diretamente ou como dano colateral.

Quando uma empresa é ineficiente operacionalmente, leva o dobro ou mais de tempo para executar um processo. Ou executa no tempo certo, mas dá forma errada. Ao final, impactará todos os agentes da cadeia de abastecimento em seus papéis fundamentais. E por fim, impactará o cliente.

Na receita, com a ruptura operacional, por exemplo ou com preços elevados ou com margem reduzida.

Nas despesas, aumentando o dispêndio financeiro previsto para a execução dentro dos padrões. Seja em pessoas, ativos, etc.

Nas perdas, materializando o risco em vencimentos, estoques em excesso, avarias e diferenças de inventários.

E aos clientes, entregando um baixo nível de serviço e afetando a sua experiência de compra, que para muitos é tão importante quanto o produto, porque não gerará fidelização e recorrência.

Ou seja, já passou da hora de repensar a estratégia de execução. As engrenagens que materializam o que é ofertado ao cliente, que estimula seu desejo de consumo.

Já passou da hora de valorizar e atuar na estratégia da ponta:

  • os colaboradores do front, que interagem diariamente com clientes, com os produtos ou serviços.
  • os processos do front, que ficam obsoletos porque quem fica atrás da mesa de escritório não tem noção do que acontece na operação.
  •  a falta de atualização tecnológica do front, que é forçada a dar um jeitinho para conseguir fazer acontecer
  • a comunicação que por muitas vezes é complexa e confusa e, sabemos que quando a comunicação falha, tudo se perde.

Buscar um olhar externo com metodologia faz toda a diferença na hora de fazer a Governança Operacional acontecer. A paisagem se torna comum, os erros incorporam-se a rotina, e ai que mora o perigo.

Como minha querida vó dizia “casa de ferreiro, espeto de pau” e como minha mãe diz: “santo de casa não faz milagre.”

Fonte: IBEVAR

* Anderson Ozawa é Diretor Vogal e Líder do Comitê PRACS (Prevenção de Perdas, Riscos, Auditoria, Compliance) do IBEVAR. Professor da FIA, Especialista em Governança Operacional e Governança Corporativa para o Varejo, Autor do livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros”, e Co-Autor no livro “Segurança Empresarial – Da Teoria à Prática”.