No mercado complexo que temos hoje, gerenciar riscos passou a ser tarefa essencial para o sucesso e também para a manutenção dos negócios.
O setor de varejo e consumo enfrentou um período crítico no auge da pandemia. O mercado começou a ter um movimento de retomada em 2021 com a aceleração da vacinação, mas ainda pairam muitas incertezas econômicas, sociais, de saúde com as novas variantes, além do varejo ainda estar em processo de entendimento e adaptação às todas as mudanças ocorridas nesses últimos anos. Especialistas apontam que a transformação digital exigiu um salto no tempo. O que estava sendo planejado acontecer no mercado em uma década, aconteceu em cerca de 1 ano.
Portanto, é fato admitir que a pandemia foi um dos grandes fatores de impacto ao setor de consumo. Essa conclusão está registrada no recente relatório realizado pela KPMG sobre os principais riscos relacionadas à indústria de consumo e varejo.
Relatório conclusivo
O documento está focado na gestão de riscos e levantou os fatores que podem afetar as empresas desses setores em nove âmbitos diferentes, que vão desde as questões regulatórias e de tecnologia, passando por sociedade e pessoas.
“Os riscos são os mais variados e relacionados às várias áreas das empresas. Por isso, precisam estar atentas a cada um deles e se antecipar a essas consequências para evitar que o negócio seja impactado”, afirma o sócio-diretor de Gestão de Riscos da KPMG, Luís Navarro.
Confira os principais riscos relacionados às seguintes áreas:
- Compliance – Riscos regulatórios relacionados ao não cumprimento de leis, regulamentos e regulamentações e padrões éticos dentro da jurisdição das operações.
- Sociedade e pessoas – O não atendimento às responsabilidades corporativas e sociais e a dificuldade em atrair e reter pessoal qualificado; riscos relacionados aos recursos humanos e mão de obra no que diz respeito à capacitação e segurança.
- Reputação e ética – Insucesso na manutenção da privacidade e segurança e riscos relacionados à manutenção de altos níveis de qualidade e manutenção de serviços.
- Rentabilidade e liquidez – Lojas de varejo utilizando sites de comércio eletrônico para vender produtos com desconto e menores preços; riscos relacionados a fornecedores; insucesso no desempenho do negócio na geração de caixa como esperado; riscos de fraudes, incluindo cartão crédito e a manutenção de descontos.
- Estratégia – Risco de expansão das operações internacionais; operações de varejo eletrônicas e conversões de lojas de descontos afetam os concorrentes tradicionais; riscos de reputação aumentaram em função das redes sociais e internet; riscos financeiros dependem das estratégias de compra e de exportação.
- Clientes –declínio no dispêndio com o consumo; varejistas são forçados a apresentarem produtos de marca para atender as expectativas do cliente.
- Saúde, segurança e meio ambiente – Divulgação de doenças e riscos da pandemia.
- Crescimento e concorrência – Pressão crescente para atender a demanda imprevisível dos clientes; concorrência globalizada intensa; oscilações em moeda corrente e outros riscos de mercado; insucesso ao atendimento a uma gama de preferências pessoais.
- Tecnologia – Ameaças crescentes de ataques cibernéticos e de segurança; empresas que contam com um único fornecedor para todas as necessidades poderiam enfrentar um tempo maior de inatividade; insucesso na manutenção ou melhoria de infraestrutura tecnológica.
- Produção e operações – Vantagem competitiva através da automação e da adoção de tecnologia emergentes; resultante de interrupção da atividade causada por sindicatos, greves e paradas de trabalho; qualidade e segurando do produto; disrupções na distribuição ou no processamento de mercadorias.
Tema complexo hoje
A história do varejo é marcada pelo enfrentamento de desafios. Se considerar tempos remotos, as influências foram desde guerras, escassez de recursos, crises econômicas diversas alterações na moeda brasileira, inflação, e sempre houve saídas para resolver as dores, inclusive mapeando novas oportunidades.
A pandemia foi com certeza um evento assustador em diversos parâmetros. Mas, mais uma vez, vimos o setor se reinventar com a potencialização do consumo via internet ganhando grande espaço na vida online e criando uma nova forma de consumir. Essa dinâmica potencializou também a gestão de riscos nas empresas. O tema sempre esteve em pauta, mas estava mais ligado aos riscos de capital e faturamento. Essa proposta é hoje muito mais complexa abordando diversas áreas, como mostra o relatório da KPMG.
Executivos da KPMG se reuniram com executivos dos comitês do IBEVAR e debateram muito o tema de gestão de riscos. Assista ao Webinar completo.
Fonte: Redação IBEVAR