Em tempos de tantas incertezas e tantos desafios, empresas e organizações tendem a valorizar cada vez mais o aprimoramento de habilidades emocionais. Por isso, é importante olhar com atenção para as softs skills quando o assunto é desenvolvimento profissional.
Até pouco tempo, o que predominava era a ênfase no aperfeiçoamento de conhecimentos técnicos — as hards skills.

Elas orientavam nossa trajetória profissional e definiam, em grande medida, nossa progressão de carreira.

Entretanto, hoje em dia as competências emocionais — as soft skills — também devem ser priorizadas por todos que querem se diferenciar no mercado.

Ainda mais porque o desenvolvimento das soft skills não só é benéfico quando falamos de vida profissional, mas se estende para todos os âmbitos da vida.

Pensando nisso, vamos levantar, neste artigo, alguns motivos por que não devemos deixar de lado as soft skills para nos desenvolvermos plenamente em nossa trajetória profissional.

Soft skills são importantes para tomada de decisão

Desde a mais simples até a mais complexa escolha que temos de fazer em nosso dia a dia, tanto nossos impulsos emocionais quanto as nossas reflexões mentais interferem em nossa tomada de decisão.

Ignorar ou supervalorizar a razão em detrimento das emoções ou vice-versa nos leva, facilmente, a decisões equivocadas.

Ou seja, o equilíbrio entre essas duas forças, razão e emoção, pode fazer com que sejamos mais coerentes e, assim, tomemos decisões mais assertivas.

Assim, nosso desenvolvimento profissional pode se beneficiar e muito da inteligência emocional — uma das soft skills mais valorizadas nos dias atuais.

Isso porque, desenvolvendo tal habilidade, podemos nos tornar profissionais mais qualificados nos processos decisórios dentro de uma organização.

E as empresas têm demandado cada vez mais talentos que podem colaborar para a eficiência na tomada de decisões.

Soft skills ajudam a enfrentar as adversidades

Ter a consciência de que as insatisfações e adversidades fazem parte da vida de todos é fundamental para o nosso desenvolvimento profissional.

Tal aceitação nos ajuda a lidar melhor com as barreiras e os desafios que encontramos em nossa trajetória e com as situações (profissionais ou não) que nos fragilizam.

É nesse sentido que o cultivo da resiliência, enquanto capacidade de aceitarmos que as oscilações, frustrações e crises vão nos acompanhar por toda a vida, pode nos tornar mais bem preparados para as turbulências da carreira e da vida pessoal.

Autoconhecimento é indispensável para o desenvolvimento profissional

Quando nos dispomos a olhar para dentro de nós mesmos, compreendemos melhor nossos valores, hábitos, forças e fragilidades.

Tal investigação interna nos torna mais conscientes de quem somos e daquilo em que desejamos nos transformar, aprimorando, portanto, nossas soft skills.

Assim, tendo mais consciência dos nossos desejos, podemos definir com mais clareza os nossos rumos na direção daquilo que nos realiza mais plenamente.

E profissionais com clareza de objetivos são os talentos mais desejados pelas empresas em seus processos de atração e retenção nos dias de hoje.

Vulnerabilidades podem ser forças

Muitos de nós, ao não trabalharmos nosso autoconhecimento, nos esforçamos constantemente para esconder nossas fragilidades.

Isso se dá não só na relação com os nossos familiares e amigos, mas sobretudo no ambiente profissional.

Acreditamos que, ao expor um ponto fraco, ficaremos vulneráveis e, consequentemente, ameaçados pelos nossos pares.

Porém, se valorizam cada vez mais os profissionais — inclusive as lideranças — que, conscientes de suas vulnerabilidades, as assumem e procuram transformá-las em forças no trabalho coletivo.

Todos nós temos pontos fracos e fortes. Quando trabalhamos em equipe, o que nos falta pode ser complementado por outro talento e vice-versa.

Ou seja, em vez de super poderes, o que as empresas tendem a valorizar mais daqui para frente em seus times é a capacidade de os colaboradores e as lideranças se abrirem — a partir do autoconhecimento e do aprimoramento das soft skills — à construção de ambientes organizacionais emocionalmente mais seguros e, por isso, mais produtivos.

Fonte: LABFIN.PROVAR – FIA