A crise econômica brasileira vem exigindo dos varejistas a criação de alternativas que permitam às empresas do setor passarem ilesas, ou menos prejudicadas, por este período turbulento. Com um cenário tão complexo e desafios que estão batendo à porta, como o gestor de lojas pode se preparar e enfrentar a realidade atual? A resposta pode ser mais simples do que você imagina.

Provavelmente, ela está escondida nos dados que sua empresa já possui dentro dos inúmeros sistemas e bases de conhecimento. Com tantas informações disponíveis, os varejistas que estão surfando essa onda de análise informacional poderão saber exatamente onde e como atuar, que preço alterar ou que produto colocar à disposição do consumidor, por exemplo, sempre adotando as melhores práticas possíveis e alinhadas com a sua realidade.

A análise de dados pode melhorar alguns processos específicos e as informações necessárias para realizá-la, em grande parte, estão disponíveis e podem ser exportadas para uma plataforma analítica, tais como: tíquetes detalhados das vendas, cadastro de produtos e lojas, sortimento, estoques, movimentação de mercadorias, preços regulares e promocionais, entre outros. Até mesmo informações meteorológicas ou sobre o mercado e a concorrência podem ser geradas, obtidas ou adquiridas, conforme a necessidade, para enriquecer o processo de descoberta e geração de insights:

Abaixo, confira quatro dicas que podem ajudar o seu negócio a superar a crise:

Performance de loja

“Nosso trabalho no dia a dia está sendo feito da melhor maneira possível?” Este tipo de pergunta, que faz parte do cotidiano de todo varejista, deveria ser respondida por meio do uso de dados. Uma abordagem analítica adequada poderá, por exemplo, mostrar hora a hora como deveria ser o comportamento de vendas de uma determinada loja, com visões mais detalhadas ou agregadas, dependendo da situação.

Qualquer desvio de rota poderia ser imediatamente avaliado e ações de correção deveriam ser tomadas (reabastecimento de mercadorias, execução de ofertas e promoções, aumento no quadro de funcionários, etc.) de forma a permitir que a busca pelo melhor desempenho nas operações e vendas possa ser perseguida de forma mais pragmática e direta.

Otimização de preços

Em tempos de cenário econômico desfavorável, este é, provavelmente, o fator crucial para os clientes. Saber o quanto deve ser cobrado por uma determinada mercadoria é fundamental para o sucesso do varejista e o ajudará a materializar a sua estratégia (ser o mais barato no seu mercado de atuação, por exemplo), gerando margens de lucro adequadas e evitando perdas financeiras.

Otimização de reposição de mercadorias

A famosa ruptura – ou falta de mercadorias no ponto de venda – continua sendo um problema crônico. Neste contexto, a análise de dados pode ajudar o varejista, estabelecendo um estudo prático e ativo no chão de loja.

Isto ajudará a criar métodos que possibilitem abordagens preditivas e soem como um alarme, ou algum outro tipo de mecanismo, quando determinada mercadoria estiver acabando, ajudando a equipe de reposição.

Isto nada mais é do que uma forma de “insight to action”, ou seja, tomando por base informações que, provavelmente, já estão sendo geradas e captadas será possível elaborar ações para cada tipo de problema.

Prevenção de perdas

A prevenção de perdas cria um monitoramento dentro do negócio, permitindo acompanhar potenciais pontos de baixa causados, por exemplo, por roubos, quebras, fraudes e produtos fora da validade.

Isto motivará uma mudança nos processos, contribuindo para uma distribuição mais assertiva, para a diminuição da quantidade de itens visados para roubo em determinadas lojas e um acompanhamento criterioso dos produtos perecíveis.

Como se pode perceber, tais informações serão primordiais para os varejistas e se apresentarão como um diferencial de mercado em um momento econômico conturbado como o qual o Brasil passa na atualidade.

Fonte: Mauricio Andrade de Paula | Eder Berenguer