Cases inovadores, experiência imersiva e novos modelos de negócios foram alguns dos assuntos abordados no terceiro encontro do programa.

O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) realizou nesta quinta (22), o Pós NRF Inovação e Marketing. Este foi o terceiro dos quatro encontros do Programa NRF 2018, com o objetivo de apresentar as principais tendências e novidades da NRF 2018 Retail’s Big Show & EXPO, realizada em janeiro, em Nova York. O evento abordou as concepções do marketing aplicado ao varejo e como as empresas se inovam para entregar muito além de produtos e serviços, mas experiências únicas ao consumidor final.

Com as boas-vindas ao público, Lucas Forte, responsável pelo Relacionamento Corporativo e Institucional do IBEVAR, destacou a logística realizada para cobrir a NRF em todas as suas frentes. “Nos preocupamos desde a preparação, que começa no ano anterior a cada feira com o Pré NRF, até a participação e a análise dos conceitos que podem ser aplicados no mercado nacional”, explicou Lucas. Logo após, o anfitrião dividiu uma novidade com os participantes. “O IBEVAR está trabalhando para formar uma delegação própria com o apoio de parceiros para a NRF 2019. A ideia é realizar uma curadoria ainda mais eficiente do conteúdo diferenciado que já oferecemos”, contou.

Em seguida, ele passou a palavra para a diretora vogal do IBEVAR e coordenadora acadêmica da Academia de Varejo, Patricia Cotti. Ela reforçou a ideia de que é necessário analisar a aplicabilidade dos conceitos da NRF no Brasil e levantou uma questão: como adaptar essas inovações ao mercado nacional, que é totalmente diferente? “É importante entender o mercado e como essas ideias funcionam para cada loja e modelo de negócios”, conta Patricia.

A diretora comparou o discurso atual das empresas sobre a implementação do Omnichannel. “Há alguns anos o discurso era focado na implementação do Omnichannel, e hoje esse conceito já está incorporado estrategicamente no próprio modelo de negócios, assim como o Digital”, conta. O Digital já é um modelo avançado e está muito focado na experiência do consumidor. Quando se fala em experiência, o mercado tem dois grandes focos: Digital e imersiva. Antes, apenas a loja física entregava experiência e a loja on-line, conveniência. Hoje, no novo cenário, digital é experiência.

E com um mercado cada vez mais digital, a NRF destacou o conceito de Human Touch – toque humano – para não deixar que a marca se torne fria e perca a proximidade com o cliente. O debate envolveu como ter acesso ao consumidor e entender as necessidades independente do canal usado para esse contato. Um exemplo citado na palestra foi a Lewis, que instalou um Concierge-Style para orientar o cliente a realizar compras online.

Já na experiência imersiva, o case apresentado foi a New York Road Runners, que junto à uma comunidade criou um ponto de encontro para corridas, o que garante que os clientes participem muito mais do conceito da loja. A Lego foi outro grande case apresentado na palestra. A empresa se adaptou às mudanças do mercado, com os novos produtos e o formato de loja, que ficou mais atrativa ao público.

A importância das parcerias também foi destacada por Patricia. “As parcerias têm se mostrado cada vez mais chave para o desenvolvimento de qualquer negócio. Aquela cadeia tradicional de varejo ela deixa de existir e estamos rumo ao Onmi Experience. As parcerias são fechadas para entregar um produto ou serviço mais rápido ao consumidor, explica a diretora do IBEVAR.

A diretora ainda citou o engajamento de colaboradores, que é assunto muito presente na NRF. Alguns cases foram evidenciadas como interessantes e comprometidos com o colaborador. A &pizza, por exemplo, se preocupa com a alimentação e com os colaboradores, além de promover o forte engajamento com a comunidade e a diversidade. Os funcionários se reconhecem como tribo e identificam tanto com a marca, e alguns chegam a tatuar o logo em representação da empresa.

Os novos modelos de negócios também foram abordados, como serviços de assinatura, box e aluguel. Nesse modelo, o consumidor pode ter o benefício, sem adquirir o produto. “Um exemplo é a Rent the Runway, com a locação de roupas para todas as ocasiões, a terceirização do guarda-roupa. E no Brasil, esse conceito de aluguel e compartilhamento já é muito presente”, conta Patricia.

Para finalizar o encontro, Patricia destacou o conceito Analytics e sua importância para entender o consumidor. Para essa ambientação é necessário criar um modelo de loja com uma comunicação integrada, assim como apresentado no site. Os dados ficam armazenados para que a experiência de compra do consumidor seja assertiva e agradável. Falou ainda sobre personalização de produtos e serviços, exemplificada por alguns cases de destaques.

Fonte: IBEVAR

O último encontro do IBEVAR no dia 26 de abril e apresentará os cases que mais se destacaram na edição deste ano.