Projeção do IBEVAR indica o maior índice de inadimplência no Varejo de recursos livres das pessoas físicas do ano. A estimativa da taxa média mensal de maio deve alcançar 4,98%, 0,15 ponto percentual a mais em comparação à projeção para abril. As estimativas médias para junho e julho seguem em alta e podem chegar a quase 5%. 

Taxa média de pessoas físicas com atraso de pagamentos acima de 90 dias aumenta 0,15% em relação ao mês de abril de 2022. “A projeção é compatível com a deterioração do poder de compra das famílias provocado pela inflação”, diz Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR.

O resultado foi calculado com base na média entre os índices mínimos e máximos dos atrasos de pagamento acima de 90 dias. A inadimplência de pessoas físicas com recursos livres considera todas as operações com parcelas em atraso acima de 90 dias de atraso, com exceção das vinculadas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou lastreados em recursos compulsórios ou governamentais.

Incertezas econômicas

Segundo o presidente do IBEVAR, ainda que a inadimplência seja um fenômeno presente na atividade comercial mesmo fora da crise, o número de pessoas que deixam de honrar seus compromissos financeiros tende a crescer em situações de estresse e incertezas econômicas.

Para Felisoni, é mais que claro que o aumento da inflação tem grande impacto no crescimento deste indicador de inadimplência. “Historicamente, o que acaba acontecendo é que, em alguns momentos, a inadimplência cresce em função das condições econômicas adversas. Então, o que está se vendo nesse momento é uma exacerbação das condições adversas e, por conta disso, um aumento da taxa de inadimplência. Em outros momentos, onde as condições econômicas são favoráveis, a inadimplência tende a cair”, analisa.

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Fonte: Redação IBEVAR