Os últimos anos foram decisivos para a consolidação do E-commerce. Com o avanço da mobilidade, da acesso à internet e da mudança de hábito das pessoas para adquirir bens ou serviços, encontramos a maior parte dos bens – senão todos – disponíveis para aquisição por um site, uma rede social.

Porém, a operação do e-commerce é a tradicional. Tem estoque, logística, compras, pessoas, processos sistêmicos, etc. É uma empresa com processos operacionais como qualquer outra e com isso, também possui os riscos e sua exposição.

Desta forma, existe também a perda.

E isso quebra um paradigma do varejo: a perda de inventário não está concentrada no furto externo!

A composição da perda das empresas está distribuída nas perdas que já comentamos: Furto Interno, Furto Externo, Erros Operacionais e Erros Administrativos.

Bom, analisando então este cenário, concluímos que a perda no e-commerce pode acontecer, por exemplo:

  • estoque de produtos nos centros de distribuição (Furto: Perda Não Identificada)
  • separação e expedição de produtos para clientes (Furto: Perda Não Identificada)
  • transporte de produtos para clientes (Quebra: Perda Identificada)
  • excesso de produtos (Quebra: Perda Identificada)
  • falta de produtos (Ruptura: Perda Comercial)
  • entre outros

O varejo eletrônico deve possuir além das áreas de auditoria e controle contra fraudes eletrônicas – a perda mais “comum” -, uma área que cuida da perda do seu estoque. Existindo operação, existe o risco da perda. Onde existe perda, o lucro é menor.

Todos os processos devem ser mapeados e escritos. Controles e auditorias devem ser implantadas para garantir disciplina de execução.

Existem pessoas! Sim, além do cara expert de tecnologia, design, marketing digital, existe o cara que cuida da logística, que pega o produto na prateleira do CD e coloca na caixa de papelão para enviar ao cliente. Que deve olhar o vencimento de um produto, para enviar o Primeiro que Vence, porque ele é o Primeiro aSair. Existe o cara que escaneia (pelo menos deveria) o volume para colocar no caminhão ou enviar aos correios.

E estas, e outras centenas de pessoas, devem ser capacitadas, com base nos processos mapeados e escritos. Constantemente, os processos devem ser auditados para gerar informações através de relatórios para diversos níveis da empresa. Evidentemente, a tecnologia deve ser utilizada para adotar barreiras de segurança física e sistêmica, para analisar dados em massa. E por fim, tudo isso deve ser norteado por indicadores de perdas, produtividade, avaliação de desempenho, etc., para nortear as ações.

Cada vez mais, a prevenção de perdas é estratégica nas empresas.

Você, do e-commerce, já pensou nisso?

Fonte: IBEVAR | Anderson A. Ozawa