A importância de analisar e enfatizar os efeitos potenciais das franquias de baixo investimento na transformação econômica social do franqueado. 

O Brasil possui uma economia relevante no âmbito mundial, com o Produto Interno Bruto (PIB) no montante de R$ 9,9 trilhões e encerrou o ano de 2022 como a nona maior economia do mundo.

Entretanto, segundo o estudo “Mapa da Nova Pobreza”, desenvolvido pelo FGV Social, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, o que representa 29,6% da população total do país.

Neste cenário, o mercado é parte chave que dispõe de muitas ferramentas que podem ajudar na transformação desta realidade, e uma destas ferramentas é o Franchising.

O modelo das microfraquias

O Franchising, através do modelo de franquias de baixo investimento, conhecido como microfraquias, reúne todos os elementos necessários para apoiar na transformação da economia social, possibilitando um progresso econômico e social, bem como uma mudança de mindset cultural, permitindo uma alteração de atuação de empregados para empreendedores.

Este modelo de negócio possui um investimento inicial inferior ao das franquias tradicionais, montante que atualmente estaria próximo a um investimento de 105 mil reais.

Este mercado, em ascensão, presta um serviço que transcende o mero objetivo econômico, sendo um motor de inclusão social ao permitir às pessoas de baixa renda o ingresso no empreendedorismo, possibilitando progressão de vida econômica e melhores chances de desenvolvimento familiar.

Pesquisa de campo

Através de uma pesquisa de campo, a transformação social foi constatada através de dados, em que setenta e sete (77) Franqueados de nove (9) redes de microfranquias trouxeram uma perspectiva do impacto deste modelo de multiplicação de negócio.

As mulheres são minoria – menos de 30% do total de respondentes. 84% possuem filhos, sendo que mais de 15% possuem 4 ou mais filhos. No contexto de escolaridade, 25,97% dos respondentes possuem ensino médio incompleto, completo ou ensino técnico. A sua maioria, com 48,06% são graduados. Um percentual de 25,97 dos respondentes são pós-graduados.

Os dados mostraram, 85% dos respondentes investiram abaixo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) em um negócio de microfranquia; 71,42% progrediram de renda e/ou mantiveram-se com renda acima de R$ 10.000,00; para 72,72% dos respondentes os treinamentos/capacitações da Franqueadora os deixaram muito melhor preparados para atuarem como Franqueados da microfranquia; que 54,54% dos respondentes entendem que seu acesso a itens básicos melhorou e 46,75% afirmaram que o acesso aos serviços de saúde melhorou. Para 59,74% dos respondentes a qualidade de vida teve significativa melhora e 81,81% estão otimistas quanto ao futuro;

Mais de dois terços das pessoas entrevistadas entendem que as franquias contribuíram para seus propósitos de vida profissional, revelando uma transformação humana bastante complexa, vez que tais propósitos são subjetivos e dependentes de muitos fatores externos ao interessado.

Progresso socioeconômico

Em sua maior parte, as franquias de baixo investimento proporcionam melhoria de qualidade de vida, renda, acesso, saúde, bem estar geral, etc.

Quando adicionamos isso às perspectivas otimistas em relação ao futuro, trabalho em conexão com propósito das pessoas, podemos concluir que o Franchising não só é um mecanismo de ascensão social, mas também uma ferramenta de melhoria da vida e da autoestima de seus atuantes.

O modelo de franquia de baixo investimento, a microfranquia, apoia o progresso socioeconômico de agentes investidores, egressos das camadas mais pobres da sociedade, conferindo-lhe ascensão econômica, social e de bem-estar, para si e suas famílias, criando um círculo virtuoso na medida em que se obtém acesso melhores recursos de educação, saúde, itens básicos, conferindo dignidade e crescimento profissional, tornando-se a assim agente de transformação socioeconômico.

 

Texto escrito em conjunto por Prof. Ivan Rizzo, Eduardo Santinoni e Rodrigo Ramires. 

Ivan Rizzo é coordenador do MBA Franquias FIA ABF; Eduardo Santinoni é sócio da Y Consultoria, diretor adjunto de expansão da ABF e ex-aluno do MBA Franquias e Rodrigo Ramires é advogado e ex-aluno do MBA Franquias. 

Fonte: Redação IBEVAR