Grandes marcas mundiais de diferentes setores anunciaram paralisação das atividades da Rússia, movimento que indica a cobrança de investidores e consumidores com a agenda ambiental, social e de governança e que coloca o ESG em destaque nas empresas.

O impacto sentido com a Guerra na Ucrânia colocou pressão em cima de empresas e organizações sobre seus compromissos com a temática ESG. Há uma perspectiva de que o mundo inteiro, inclusive o Brasil, enfrentará um longo percurso de retrocesso principalmente no combate à desigualdade e depredação do meio ambiente.

A instabilidade no Leste Europeu não resulta somente no crescimento da inflação, como também corrobora com o aumento nos juros, a alta do petróleo, dos alimentos e do dólar, comprometendo a economia e, em um efeito dominó, reduzindo o consumo. A projeção desse cenário deve evidenciar ainda mais as desigualdades no mundo.

Potencial impacto negativo

Há muita incerteza com os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas a dependência que a Europa possui do gás russo faz diferentes analistas estimarem sanções produtivas brandas por parte de Estados Unidos e Europa.

Setores cujo desempenho é diretamente associado à renda da população, como varejo e produtos de consumo, estão sendo encarados como de potencial impacto negativo para o ano todo de 2022. Uma projeção mais desafiadora, se contar que o varejo ainda nem se recuperou de tudo que viveu na pandemia.

Navegar em águas turbulentas 

A ação muito comentada de paralisar as atividades que muitas marcas tomaram, repercutiu no mercado e também deixou o varejo mergulhado em incertezas. Mauricio Andrade de Paula – Executivo e Líder do Comitê de Varejo Digital do IBEVAR fez uma análise completa da situação em um texto publicado neste Blog. Leia aqui.

“Sanções econômicas, juntamente com um crescente clamor mundial contra a guerra, também podem pressionar o governo russo a cessar fogo na Ucrânia. Mas não está claro quando isso ocorrerá. E, à medida que a guerra avança, alguns varejistas também alertam para o impacto que as condições podem ter em suas perspectivas de receita”, alerta Maurício.

Enquanto isso, o único ponto sem nenhum conflito sobre esse assunto é que especialistas concordam que fechamentos e paradas de vendas podem ter consequências nas vendas de curto prazo dos varejistas. O mercado absorve o potencial impacto negativo e segue se segurando como pode.

Afinal, o que é o novo normal?  

A dúvida que paira no mercado é o quanto a guerra impacta a esperada volta ao normal. E também entender que novo normal será esse.

O fato é que, com todo esses acontecimentos que influenciam o setor, o ESG que nunca esteve tão em alta quanto os dias atuais, também nunca esteve tão em cheque. Aspectos econômicos, políticos e sociais se misturam aos planejamentos e ações do varejo e mesclam um mercado muito mais desafiador e complexo para qualquer tipo de negócio.

Claudio Felisoni de Angelo, Presidente IBEVAR, diz que “o mar é desafiador. Enfrentá-lo não é simples. Mais complicado ainda é navegar em águas revoltas. Certamente não é tarefa para despreparados. Requer não apenas conhecimento das condições de navegabilidade, mas também capacidade de antecipação. Por isso, a luz deve iluminar o que está à frente. A luz deve estar na proa da embarcação”, enfatiza o economista.

Amplie o assunto assistindo ao vídeo em que o executivo da KPMG fala sobre como o ESG está presente nas agendas dos grandes líderes. Esse trecho faz parte do Webinar que o IBEVAR produziu com um debate interessante sobre gestão de riscos. Gere ainda mais conhecimento e conheça o acervo do IBEVAR no canal do Youtube.

Fonte: Redação IBEVAR