Levantamento realizado pelo IBEVAR aponta que a intenção de consumo no varejo brasileiro ainda continua tímido, pelo menos para o primeiro trimestre de 2022. Vamos aguardar a pesquisa periódica do próximo período para saber se esse cenário muda.  

A intenção de consumo das famílias brasileiras deve continuar em baixa no início de 2022. É o que mostra a  pesquisa que apresenta as tendências de consumo para o primeiro trimestre de 2022, que o IBEVAR preparou com dados macroeconômicos.

Método aplicado

Foram levantadas informações atualizadas sobre inflação, massa de rendimento real mensal, concessões de crédito e projeção inadimplência em comparação com períodos anteriores. Outro conjunto de dados que compõem a pesquisa é formado pela opinião manifestada dos indivíduos nas redes sociais. Tais opiniões são analisadas por meio de recursos de análise semântica (Natural Language Processing) e codificadas de modo a permitir a construção de indicadores.

Impacto gerado pela inflação 

As projeções econométricas mostram uma queda de 2,22% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo trimestre de
2021 e de 0,35%, em relação ao quarto trimestre de 2021. Os resultados corroboram para o cenário pouco promissor do varejo no primeiro trimestre de 2022, muito em função do mercado estar pressionado pela inflação, os juros altos e as incertas políticas. Além desses fatores todos, a fragilidade do mercado de trabalho e a redução na renda também são pontos de atenção na análise para a queda na intenção de consumo.

Para o presidente do IBEVAR, Claudio Felisoni de Angelo, a previsão para 2022 não é boa. “Estamos vivendo um período de incertezas. Com a inflação na casa dos dois dígitos, reajuste da taxa Selic, alta do IGP-M, crise hídrica e aumento do preço dos combustíveis, o mercado de bens e consumo tende a se retrair cada vez mais. E não podemos esquecer que esse ano de 2022 ainda teremos eleições presidências no Brasil”, afirma o economista.

O efeito dominó 

O mercado vivve o chamado “efeito dominó”. A aceleração da inflação deixa os produtos mais caros. Esse aumento dos preços prejudica as pessoas e as empresas, que para poderem manter a produção, repassam ao consumidor o impacto no valor maior do custo que tiveram. Tudo está interligado. Fábricas e indústrias contratam as pessoas e fazem a economia girar.

Para contextualizar com dados históricos de pesquisas mais antigas, o último recorde negativo do índice havia sido em 2016, com a instabilidade sofrida pelo impeachment presidencial da época. Em contrapartida, o melhor desempenho na intenção do consumo das famílias brasileiras foi registrado em 2012, período em que a economia andava aquecida.

O Ibevar vem alertando sobre a retração do mercado desde antes do início da pandemia, mas no período do auge, sempre manteve a realização e divulgação das pesquisas periódicas para contrubuir com o setor nas melhores tomadas de decisão nesse período tão desafiador. E segue com os estudos permanetes disponíveis no site do IBEVAR que podem ser baixados gratuitamente. O e-book com essa nova pesquisa sobre intenção de compra (primeiro tri 2022) está disponível. Aproveite e conheça também as pesqusias personalizadas.

Fonte: Redação IBEVAR

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