Inteligência promocional é a aplicação de estratégias de ciência de dados e inteligência artificial ao comportamento de consumo dos clientes, o que visa construir as melhores promoções. O varejo tem aplicado esse conceito como estratégia de atração e fidelização de clientes.  

Um sistema de inteligência promocional apoia e permite que empresas consigam definir quais variáveis e regras de negócios devem ser aplicadas para definir a campanha promocional, mas antes isso passa por ter um CRM atualizado, algoritmos inteligentes de recomendação, atrelado a ações de marketing nas mídias sociais. É importante distribuir suas promoções por todos os canais, focando sempre no seu público-alvo, passando por preço, produto e regras de fidelização que podem potencializar o alcance, como também, o resultado.

O varejo mais maduro tem buscado formatar suas estratégias em variáveis do seu negócio. Desta maneira, conecta o consumidor por meio de programas de CRM, Fidelidade, que levam em consideração a periodicidade da compra, o preço médio, Giro do produto, Curva ABC e em alguns casos, conectam uma inteligência de recomendações com KPI’s importantes por segmento do varejo, como PA, TM, TC e outros que trazem um conjunto de variáveis determinadas pelos algoritmos que visam segregar e tratar de forma inteligente as vendas isoladas (consumidores que são menos atraídos pela marca, e por isso compram poucas vezes ao longo do ano).

Essas combinações de promoções com base em compras com maior frequência e combinações de produtos geram uma análise profunda entre a relação de preços praticados, demanda de produtos através do seu giro e também mudança de comportamento associado a IA, Midia Social e outras formas de medição do consumidor.

Varejista conectado

Outro ponto importante que o varejista está conectado é o Cross Merchandising dentro da loja, cuidando para as ilhas de exposição, display de produtos, pontas de gôndola e Clip Strip, pois a associação da inteligência com o VM da Loja Física e Virtual, contribuem e muito para o aumento das vendas.

Luís Fischpan, Diretor Executivo | Linx e membro do Comitê de Tecnologia e Inovação do IBEVAR explica que o varejista mais maduro utiliza o conceito sem queimar margem, sendo assim mais inteligente porque faz a leitura correta dos dados e atrela a um sistema de promoções capaz de fazer e permitir todas as combinações possíveis e que não afetam a rentabilidade do negócio, e claramente impulsionam as vendas.

“Quando bem aplicado, o Machine L e o Pricing, tendem a aumentar as vendas, e consequentemente, o TM e, com isso, atrai cada vez mais os consumidores para sua marca pela relevância que dão ao tratamento do indivíduo de forma única e especial e que fala diretamente com o comportamento do consumidor, baseado no conhecimento dele”, cometa o executivo.

Datalake nas organizações

Ainda no cenário do uso da tecnologia nas estratégias de ciência de dados e inteligência artificial para os negócios, é possível incluir nesse pacote de revolução de dados o datalake, que funciona como um armazém de dados e é considerado mais acessível. Permite o compartilhamento de informações entre muitos usuários, sem a necessidade de intervenção da equipe de TI.

As organizações estão aprendendo a coletá-los, organizá-los, interpretá-los e analisá-los para criar insights e embasar decisões. Seus dados podem ser agrupados por temas, objetivos, ou praticamente qualquer critério que seja útil naquele momento. Entretanto, é importante destacar que também existem críticas ao data lake. Ele deve ser devidamente gerido por profissionais responsáveis pela gestão da informação para não se transformar em uma imensa lixeira repleta de conteúdos de relevância duvidosa.

Luís Fischpan fala um pouco também sobre esse ambiente e como ele deve ser explorado pelo varejo. “A empresa precisa ter uma área que gere os dados de modo inteligente, ter seu BIG Data pré-formatado, ter uma visão das novas receitas através de seus dados, cuidar da performance e processos de forma otimizada através de IA, visão analítica centralizada e mais flexível, e por fim, gerar insights relevantes para o BU vinculado recursos de ML e gerando maior amplitude. Logo, toda empresa que administra bem seus dados torna seu negócio mais previsível e suas ações e estratégias mais assertivas”, afirma o executivo.

Jornada de dados de ponta a ponta

Ele enfatiza que aproveitar de forma inteligente os dados, ajuda na evolução de qualquer negócio. Afinal, todo business precisa que seja unificada a jornada de dados de ponta a ponta, unificando tudo que a tecnologia tem a oferecer, tais como: Big Data, Algoritmos inteligentes, IA, ML, entre outros aplicados ao negócio conforme a demanda.

Em resumo, todos os dados são acionáveis e se bem trabalhados, podem ser um diferencial competitivo para os varejistas entenderem e tomarem as melhores decisões seja no sell in e/ou sell out, como também, em campanhas, descontos e outras políticas permitindo ao Negócio uma flexibilidade e agilidade pouco comum nas organizações.

Inovação no varejo

Algumas dessas estratégias com aplicação de tecnologia, inteligência artificial e varejo digital foram usadas por sua empresa em projetos inovadores que transformaram processos ou quebraram paradigmas dentro da corporação em 2021?

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Fonte: Redação IBEVAR