Três Razões para você ler este artigo:

· Já existem varejistas que estão vivenciando resultados financeiros positivos atribuídos à inovação;

· A inovação no varejo brasileiro é factível e realizável agora através de ecossistemas como o das start ups;

· O consumidor brasileiro está pronto para a inovação no varejo e valorizará aqueles que entenderem o movimento e agirem rápido para entregar relevância das interações através da tecnologia no ponto de venda.

Será que vale investir agora em inovação?  Será a nossa salvação ou pecado falar do assunto?

O objetivo deste artigo é lhe fazer refletir sobre a real razão pela qual você, como executivo do varejo, não está vivenciando os resultados da inovação no seu negócio.  Faremos também algumas provocações…

Vamos ver como nos saímos…

Neste momento de reativação da atividade econômica do consumo, ouvimos muito no mercado varejista que a única solução para sair da crise é cortar custos com iniciativas como fechar lojas, ou gerar novas vendas com ações como promoções e redução de preços.

Será que estas são as únicas formas de aumentar a eficiência do varejo brasileiro neste momento? 

Nós achamos que não.  E entendemos que inovação tecnológica é um caminho concreto, real e imediato para sairmos desta crise.

Vamos trazer algumas evidências de que é possível inovar em tempos difíceis, gerando resultados financeiros importantes, com recursos amplamente disponíveis no mercado brasileiro.  Basta começar!

Ai vão alguns dados…e as provocações:

1. Você sabia que Magazine Luiza, um dos maiores varejistas do Brasil, atribui a sua virada nos resultados financeiros às iniciativas de inovação?  Segundo Frederico Trajado, CEO da companhia, o processo de inovação foi profundo e mudou o posicionamento da empresa. De: Empresa tradicional com um departamento digital, para: Empresa digital com pontos físicos e calor humano.

A mudança se concretizou com a criação do núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Magazine Luiza, o Luizalabs, que é um laboratório de Tecnologia e Inovação com o objetivo de criar produtos e serviços com foco no varejo, oferecendo aos clientes mais benefícios e uma melhor experiência de compra.  Hoje, são mais de 100 pessoas envolvidas no Luizalabs.  Parece que eles estão levando o assunto a sério…

A frente de Transformação Digital do Magazine Luiza é muito estruturada e faz parte dos pilares estratégicos da companhia declarados ao mercado. Vale acessar os relatórios deles de resultados para investidores (da administração e o resultado do quarto trimestre de 2016 ). Está tudo lá!

Na nossa visão, Magazine Luiza é hoje o caso mais bem sucedido de gestão da inovação no varejo brasileiro.  Falaremos mais sobre eles em conversas futuras…

  • Sua empresa tem um laboratório de inovação?
  • Quem é o responsável pelo tema inovação na sua organização?
  • Inovação faz parte da estratégia declarada da sua empresa?

2. Segundo estudo recente publicado pela FGV, o ecossistema de inovação através de start ups no Brasil está pronto para entregar volume significativo de soluções ao mercado.  São hoje, 128 start ups mapeadas, 47 aceleradoras, 41 empresas de venture capital, 30 parques tecnológicos (Mappedinbrasil)… Muitas destas start ups têm soluções para o varejo.  Soluções maduras e com custos bastante accessíveis…

  • Como a sua empresa está conectada à este ecossistema?
  • Quantas reuniões você já fez com start ups?
  • Quem na sua empresa está com a tarefa de analisar estas as start ups como uma possibilidade de iniciar ou acelerar o processo de inovação?

Vamos dedicar bastante energia para gerar conteúdo sobre este mundo das start ups brasileiras.  Aguarde novidades em breve…

3. O consumidor brasileiro está gritando por inovação no varejo.  Não, não é um exagero.  O nome do relatório da Accenture Consulting é “Clientes do varejo estão gritando – você está se adaptando?”.  Neste documento, a Accenture traz uma visão clara sobre como os clientes querem interagir com tecnologia no ponto de venda.

Alguns insights interessantes deste relatório sobre o comportamento do consumidor brasileiro:

  • 56% não podem esperar para receber recomendações inteligentes de compra quando estão dentro da loja;
  • 47% querem poder comprar usando pontos de programadas de fidelidade de forma fácil e ágil no ponto de venda;
  • 39% têm interesse em meios de pagamento mobile. A média global é 25%…

Mas o que mais nos surpreendeu, foi que o consumidor brasileiro declara que seu comportamento de compra foi influenciado de forma massiva por empresas como Facebook e Google.  82% dos consumidores brasileiros tiveram seu comportamento de compra alterado em função de Google (média global: 57%).  68% é o percentual de consumidores brasileiros que “confessam” impacto direto de Facebook em seu comportamento de compra (média global: 41%).

Não vai dar mais para dizer que não implementamos tecnologia ou inovação no varejo, pois o consumidor brasileiro não quer ou não se adapta.  Vamos precisar de outra desculpa…

Falaremos mais no futuro sobre relatórios e evidências de que o cliente está pronto para reconhecer os varejistas que implementarem mais rápido e com eficiência a tecnologia como meio de interação no ponto de venda.  O cliente quer comprar de quem o entende…

Mais questões/provocações:

  • Sua empresa sabe quais são as expectativas do seu cliente com relação à tecnologia no seu ponto de venda?
  • Sua empresa está ganhando mais clientes com uma estratégia digital estruturada no Google e no Facebook?
  • Seus concorrentes estão mais avançados ou atrasados do que sua empresa na implantação de tecnologia no PDV?

Em resumo…

As evidências estão aí…

Assim como a necessidade de agir rápido…

Chegou a hora do varejo brasileiro fazer resultado com o uso da inovação tecnológica no seu negócio.

Estamos certos de que este é o caminho da salvação!

Sorte e sucesso à todos nesta jornada!

Fonte: IBEVAR | Juliano Martins Diretor Vogal do IBEVAR