Em perspectiva, do cenário do comércio eletrônico, o varejo entendeu a relevância de reconhecer profundamente o comportamento do consumidor, isso reforça a integração entre o ON e o OFF e também enfatiza que não existe mais business sem tecnologia.

A mudança de comportamento do consumidor ocorrida nos últimos anos levou muitos negócios a revisarem o uso de canais de venda tradicionais e reorganizarem suas estratégias de desenvolvimento. O e-commerce ganhou notoriedade. Muitas empresas adotaram monitoramento de entrega em tempo real, criação de assistente virtual e uso de inteligência artificial em muitos processos.

Ferramentas tecnológicas não podem mais faltar no varejo. “Muito se fala em Inteligência artificial e como gerar maior inteligência para os negócios. Não existe mais business sem tecnologia. Não existe transformação digital sem tecnologia”, é o que afirma Lucio Leite, Diretor do Comitê de Tecnologia e Inovação do IBEVAR.

“São inúmeras aplicações que não podem faltar nos processos, mas com certeza todas que falem com Dados, Segurança e Impulsionamento de vendas e otimização de processos, estas sim passam a ser essenciais para o posicionamento dos varejistas. São elas: BIG DATA (Dados), Data-Driven, Internet das Coisas, Realidade Virtual e aumentada, IA, Mídia Social, Omnichanalidade, BI e outras. A combinação destas ferramentas permite as empresas de terem como medir e conectar seus consumidores”, explica Luís Fischpan, Diretor Executivo | Linx e também membro do Comitê de Tecnologia e Inovação do IBEVAR.

Boa leitura sobre o cenário

Essa crescente movimentação tecnológica com maior uso de dados e informações pessoais, trouxe riscos para todos os envolvidos no processo de compra e venda. Em meio à transformação digital do varejo, o tema sobre cibersegurança está na pauta das empresas.

Os varejistas precisam ter dados consistentes para a tomada de decisão que passa por entender toda a jornada do consumidor com a Marca. Assim, deste modo, fazer uma boa gestão de risco passa por fazer uma boa leitura sobre o cenário que o negócio está inserido e que processos de segurança estão desenvolvidos em cada empresa. “O mercado deve estar atento à crise de confiança que os consumidores estão tendo em decorrência do sentimento de vulnerabilidade dos dados. E o investimento em tecnologias, tais como IA, Segurança, ML e outros podem minimizar os riscos e ameaças em ataques cibernéticos e de segurança, logo, o grande ponto será a velocidade do varejista em identificar, avaliar e tratar as ameaças com agilidade, e com maior capacidade de se adaptar as mudanças do mercado”, alerta Luís Fischpan.

Nesse cenário, não se pode deixar de lado a LGPD, que garante desde a captura a legalidade e tratamento dos dados e que permite que as empresas estejam complience com as normas ANPD.

Contexto da ESG

A tecnologia também está presente no contexto da ESG. Esse conceito passou a ser uma necessidade. Luís Fischpan comenta que a questão chave é entender como o consumidor da marca valoriza as questões que permeiam o ESG. “O varejista precisa estar atento ao seu público alvo e aos pontos a serem tratados pelo Varejo, tais como: mapear a jornada e o quanto cada negócio precisa evoluir com base em ações estruturadas e claras, adotando KPI’s que sejam simples e de fácil adoção e que prestem contas dos planos de ação da marca buscando colaboração dos seus consumidores, apoiando a transformar a cultura da empresa.”, diz o executivo.

Ao avaliar o cenário do comércio eletrônico, o varejo entendeu a relevância de reconhecer profundamente o comportamento do consumidor, isso reforça a integração entre o ON e o OFF. “E atualmente estamos acompanhando muito de perto o que vem ocorrendo nos EUA e na China que hoje são as principais alavancas de transformação deste mundo virtual, e que ultimamente participamos desta aceleração que foram os Super Apps (Wechat), ampliação do Share das vendas no ON, Uberizações (99, Uber e outros), mas claro que não podemos deixar de tropicalizar estas tendências para a nossa realidade”, afirma Luís Fischpan.

Entretanto, ele destaca que o ON e o OFF não são concorrentes e sim solidários no resultado de crescimento das vendas, onde a omnichalidade gera uma experiência de consumo unificada respeitando toda a jornada pelo consumidor com a Marca e sendo um potencializador do nosso varejo.

Benefícios para o varejo

Dentro das grandes mudanças que ocorreram por conta do avanço dos pagamentos por QRCode via carteiras digitais, pelos estudos já realizado ao final de 2022, devemos ter 28% do mercado usando esta forma de pagamento, e não para por aí,  permitindo que pagamentos de contas, boletos, transferência, investimentos tudo feito por um smartphone, sem mais a necessidade de dinheiro e/ou cartão, trazendo agilidade e simplicidade nas transações em qualquer canal seja OFF ou ON. “Isso conecta com toda a transformação digital que a omnichalidade vem gerando, o Brasil atualmente e possui muitas carteiras digitais realizando pagamentos por QR Code e não para de crescer e oferecer experiências 100% digital, permitindo o acompanhamento de todas as compras direto do aplicativo da carteira digital, e ainda podem com a possibilidade de oferecer descontos e cashbacks”, completa Luís Fischpan.

Ele explica que essa dinâmica gera uma onda de benefícios para o varejo, desde promoções ao consumidor, redução de custo com taxas, além de divulgação das marcas.

Em termos práticos, essa engrenagem traz novos clientes, novas vendas e menos custos financeiros. E mesmo com seus riscos, as carteiras digitais vieram para ficar e possui muito mais vantagens do que desvantagens para o negócio. “E não podemos deixar de falar sobre as vantagens que o PIX traz para os negócios, pois diminui o atrito e agiliza o processo de pagamento e recebimento entre o varejo e o consumidor, reduzindo tempo de transação e custo de operação, e já temos batendo na porta o PIX Troco e o Pix SAQUE que pode sim atrair mais pessoas para o Ponto de Venda”, finaliza o executivo.

O fato é que o varejo está cada vez mais maduro, e tem buscado formatar suas estratégias com as melhores tecnologias que surgem no mercado. Um movimento bom para o cliente e para os negócios.

Fonte: Redação IBEVAR