Nenhuma empresa está livre de passar por um momento de grande turbulência e quando o assunto é o atual momento econômico em que o Brasil vive, com mais uma crise em sua história, novos desafios precisam ser encarados. Especialistas falam sobre traçar estratégias com um bom plano de negócios.  

Dados começam a avaliar com precisão o impacto da pandemia no cenário econômico. Nos dois últimos anos, as projeções foram baseadas em percepções, mas não tinham parâmetro de comparação com nenhum período sequer parecido ao que vivemos. Historicamente, as pandemias passadas aconteceram em contextos de mundo completamente diferentes dos de hoje.

Dados que avaliam o mercado

No pior contexto pandêmico até o momento, o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto) teve uma queda de 9,7%  em relação ao primeiro trimestre do ano de 2020, segundo o estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  Atualmente, em relação ao primeiro trimestre do ano de 2021, surpreendentemente a economia brasileira cresceu 1% de acordo com o mesmo Instituto, mas a recuperação caminha a passos graduais, exigindo dos gestores boas soluções para amenizar os impactos ainda recorrentes.

Com o objetivo de contribuir com o mercado, o IBEVAR realiza pesquisas periódicas que avaliam o comportamento de consumo no varejo. A Pesquisa Intenção de Compra no Varejo – Período 2022 – 1º. Trimestre, comprova que o varejo tem passado por um movimento de aquecer as turbinas, mas longe ainda de levantar vôo.

A expectativa da retomada

O setor passou por um dos maiores desafios de sua história e teve que acelerar processos futuros, se adaptar a novas realidades em tempo recorde e moldar tendências que levariam uma década para acontecer durante uma crise mundial. Podemos dizer que todos os sobreviventes são vencedores de uma guerra. Sobreviventes pelo conceito literal da palavra, afinal o momento foi de muitas perdas de vidas humanas e um grande abalo emocional. E também sobreviventes estratégicos, que driblaram desafios que até muito pouco tempo atrás eram inimagináveis.

Hoje é possível olhar o mercado com projeções de retomada. Apesar de ainda estarmos imersos em muitas incertezas econômicas, políticas, de processos de mercado, de mudanças de hábitos de consumo, afirmamos até com certa coragem que o período mais obscuro já passou. E esperamos que essa seja uma afirmação certeira e duradoura.

Em meio a todas essas adaptações e repaginadas, uma questão que tem sido destaque neste “momento de retomada” é: Como manter o crescimento em tempo de crise? A redação do IBEVAR foi falar com especialistas para tentar descobrir a resposta.

Uma questão valiosa

Para Ivan Rizzo, Coordenador de Cursos de Varejo da FIA – unidade LABIFIN – PROVAR, esta resposta vale um milhão de dólares!!! E já virou lugar comum falar que a crise traz oportunidades, e elas abundam. “Podemos falar desde aquisição de competidores com menor poder de barganha a alavancagem em negociações caso o seu fluxo de caixa permita”, arremata ele.

Segundo Maurício Andrade, Diretor de Soluções para Bens de Consumo, Varejo e Distribuição Latam Capgemini Brasil e Diretor do Comitê de Varejo Digital do IBEVAR, o foco deve estar na solução! “Lamentar os problemas é fácil, mas manter uma mentalidade de oportunidades e soluções é fundamental para o sucesso em tempos de crise e incertezas”, diz o executivo.

Como vemos, muitas são as direções para se encontrar uma resposta para a nossa pergunta tão valiosa, mas uma ação é colocada em pauta como uma boa estratégia e a opinião sobre seus benefícios é unanime. Um excelente plano de negócios que contemple os principais pilares e se preocupe em alinhar as projeções com a gestão de riscos faz toda a diferença para o sucesso ou até mesmo para lidar com os imprevistos que podem ocorrer no meio do percurso.

Um plano para muitos cenários

Pensando nessa grande ferramenta, outra questão aparece como ponto de partida: Como fazer um bom plano de negócios para os próximos anos, considerando ainda as instabilidades que parecem insistir em permanecer no cenário, mesmo após as eleições que irão acontecer em 2022?

O coordenador Ivan Rizzo, nos presenteou com uma verdadeira aula sobre o mercado. “Por incrível que pareça, a eleição pode ser a menor das nossas preocupações. Está difícil prever cenários de longo prazo de qualquer forma. Ao mesmo tempo em que falamos de rearranjo das cadeias produtivas para evitar depender de uma única fonte, vivemos o fim do ciclo de juros negativos. Isto implica em maior custo de capital para aproveitamento de ciclos de vida cada vez mais curtos. Veja o cenário de NFTs, por exemplo. É um mercado que não existia há 2 anos (a tecnologia existia, mas não com a massa crítica atual) e já se questiona se este mercado está em vias de se saturar de oferta de prestadores de serviço. Se o meu fornecedor sair do mercado, o que acontece com aquele direito que comprei? Falar em Q1, Q2 pode ser um horizonte de prazo muito longo se não estiver ligado a custo de capital ou estruturas mais robustas. Qualquer plano de negócios deve se preparar para contingências e capacidade organizacional de produzir respostas rápidas e eficientes”, ele alerta.

Maurício completa o alerta afirmando que atualmente um bom plano de negócios precisa levar em consideração inúmeros cenários diferentes. “E medir objetivamente os riscos em cada um deles, permitindo o estabelecimentos de alternativas, evitando as surpresas vividas por muitos quando foi anunciado ao mundo a pandemia de COVID-19”, relembra o executivo.

Soluções pelo caminho

Algumas soluções podem ser avaliadas para o momento. “Em situações como a que vivemos agora, com economia com desempenho abaixo do esperado e a volta do fantasma da inflação, implementar políticas que balizem as discussões giro versus margem só é possível por meio de ferramentais como a precificação dinâmica”, comenta Ivan.

Maurício avalia que na perspectiva do varejo, a precificação dinâmica permite obter melhores margens e incrementar indicadores de conversão por exemplo. “E na perspectiva do consumidor gera a personalização adequada, levando-se em conta o quanto ele está disposto a pagar por certo produto/serviço naquela circunstância”, complementa sua visão.

O mapa do mercado

Ainda considerando a realidade de crise em que vivemos, outra estratégia que deve estar no radar como prioridade e pode auxiliar a empresa a mitigar os efeitos negativos, é realizar uma pesquisa de mercado, com o objetivo de entender quais são as novas demandas geradas pela crise, tendências, possíveis mudanças nos hábitos do seu público alvo, além de outras análises pontuais.

Para Claudio Felisoni de Angelo, Presidente IBEVAR, instituto de referência na realização de pesquisas de mercado, “O mar é desafiador. Enfrentá-lo não é simples. Mais complicado ainda é navegar em águas revoltas. Certamente não é tarefa para despreparados. Requer não apenas conhecimento das condições de navegabilidade, mas também capacidade de antecipação. Por isso, a luz deve iluminar o que está à frente. A luz deve estar na proa da embarcação”, avalia com experiência e ainda completaO IBEVAR realiza análises prospectivas baseando-se em métodos econométricos, IA – Inteligência Artificial e NLP – Natural Language Processing. Aplicamos esses métodos para todos os nossos estudos recorrentes e também nas pesquisas personalizadas que podem ser contratadas de forma exclusiva”.

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Fonte: Redação IBEVAR