Gucci, Louis Vuitton, Michael Kors, Ralph Lauren, Jimmy Choo, Kate Spade, Hugo Boss, Burberry, Fendi e Prada, respectivamente, são os Top 10 no mais novo ranking da Gartner L2, que mede o desempenho digital das marcas de moda no mercado de luxo.
O relatório “Digital IQ Index: Fashion Global 2018” analisou 77 marcas de luxo nos canais: site, comércio eletrônico, marketing digital, mídias sociais e dispositivos móveis nos EUA, no Reino Unido, na França e na Alemanha.
As marcas foram classificadas como Genius (Geniais), Gifted (Talentosas), Average (Médias), Challenged (Contestadas) ou Feeble (Fracas). A Gucci e a Louis Vuitton receberam o selo Genius.
As marcas de luxo nos EUA estão se aperfeiçoando no atendimento omnichannel, 29% das marcas pesquisadas já oferecem funções de “click & collect” (clique e coleta) em comparação aos outros 71% que estão apenas nas lojas de departamento, ou lojas próprias.
De acordo com o Gartner L2 (instituto que desenvolveu a pesquisa), esse resultado (71% das marcas de luxo apenas em lojas físicas) indica que os consumidores têm menos incentivos para comprar, online, diretamente dessas luxuosas marcas.
O Instagram continua sendo um foco para marcas de moda que investem no comércio social. A adoção dos recursos de compras do Instagram saltou de 12% para 42% em um ano. Além disso, 21% das empresas têm uma aba Facebook Shop em suas páginas, mas muitas não estão incluindo seu portfólio completo de produtos.
Insight
O relatório do Gartner L2 fornece uma visão a respeito das preferências dos consumidores quando se trata de marcas de luxo, e também como essas marcas estão adotando mais ferramentas de mídia social e digital para atender às necessidades de seus compradores.
O relatório também nos sugere que essa lenta implementação do sistema omnichannel nos sites da maioria das marcas de luxo mostra que essas empresas possam estar pensando mais sobre a experiência do consumidor dentro da luxuosa loja.
No entanto, o crescimento explosivo do comércio por meio de redes sociais, como o Instagram, mostra que as táticas de marketing através de influenciadores estão cada vez mais populares, e estão repercutindo nos consumidores. Tanto é que o Instagram, rapidamente, desenvolveu suas funcionalidades de comércio eletrônico social, para tentar auxiliar as marcas de luxo nessa tendência.
Em setembro, o Facebook desenvolveu um recurso que facilita a compra de produtos postados por influenciadores, com apenas um clique, é possível comprar o ítem. A empresa também está trabalhando em um aplicativo independente para m-commerce.
O relatório do Gartner L2 também reforça que em um estudo de 2017 da Dana Rebecca Designs, 70% dos consumidores entrevistados relataram fazer uma compra relacionada à moda, beleza ou estilo depois de ver algo nas redes sociais.
Muitos dos usuários mais ativos do Instagram fazem parte do cobiçado segmento Millennials – o público conhecedor de tecnologia que as marcas de luxo estão buscando atingir por meio de seus investimentos digitais e sociais.
Os millennials, em particular, sentem-se positivos em relação aos seus ganhos futuros e são mais propensos a comprar produtos de luxo, de acordo com um relatório da Bloomberg. Consumidores de 18 a 35 anos contribuíram 85% para o crescimento do mercado de luxo no ano passado e representarão 45% de todos os gastos de alto padrão até 2025, segundo uma análise do UBS Group AG de consumidores na China, Europa e EUA citados no relatório da Bloomberg “Apesar do menor poder aquisitivo, os millennials são mais propensos a comprar artigos de luxo do que qualquer outro grupo etário”, disse Christina Yang, pesquisadora associada do Gartner L2, em comunicado incluído no comunicado de imprensa. “Eles têm idéias significativamente diferentes sobre o luxo do que as gerações anteriores e as marcas precisam estar cada vez mais dependentes do marketing baseado em valores, tanto nos EUA quanto no exterior, para atingir e atingir esses consumidores”.
FONTE: RETAIL DIVE