Embora muito se fale em flexibilidade e que a única certeza é de que tudo pode mudar, a maioria das pessoas tende a resistir quando alguém lhes diz que algo mudará – e não são delas a iniciativa para mudar.
Em outras palavras, uma coisa é a gente sentir que algo precisa mudar na nossa vida e investir esforços para consolidar essa mudança, na nossa velocidade. Outra bem diferente é alguém dizer que algo mudou e será preciso adaptar-se já.
O comércio digital vem transformando o varejo há anos, mas nunca houve nada parecido com o cenário imposto pela pandemia.
Novo modelo de negócio
De uma hora para outra, foi preciso buscar alternativas para manter o contato com os clientes e consumidores – e as vendas – sem as lojas físicas.
E essa experiência, que se manteve por alguns bons meses, acabou por consolidar novos hábitos para muitos consumidores e inserir o digital.
Essas diversas conveniências decorrentes desse modelo, até mesmo nos varejistas, haviam se mantido praticamente fora do e-commerce antes da pandemia.
É preciso lembrar que a urgência imposta pela pandemia foi inédita e muito específica, o que justificou a imposição de decisões para que os negócios não falissem e os empregos fossem mantidos.
Mudanças necessárias
Em situações normais, apesar de ser preciso ter velocidade para acompanhar o que os consumidores e clientes desejam e chegar antes dos concorrentes, as pessoas devem ser convidadas a construir as mudanças necessárias para o negócio prosperar.
O esforço coletivo guarda muito mais potencial do que eventuais genialidades individuais, principalmente em cenários complexos, cheios de possibilidades nada lineares.
Dinâmica construída
Na prática, sempre que identificar que uma mudança é necessária, entenda o porquê e comece por comunica-lo às pessoas, abrindo espaço para que elas tirem todas as dúvidas que tiverem.
Em seguida, convide-as a definir como a mudança será realizada, de forma que consigam enxergar sua contribuição direta para o novo que será construído.
Texto escrito por professora Erica Custódia de Oliveira (Doutora em Gestão de Pessoas com ênfase em Gestão de Carreira pela FEA USP, é atualmente Coordenadora de Processos Acadêmicos e Cursos, e Professora de Pós-Graduações e MBAs na FIA, focada no Desenvolvimento de Pessoas)
Fonte – Redação IBEVAR