Todo inicio de ano o varejo mira seu foco para Nova Iorque, local que acontece uma das maiores feiras varejista do mundo, a NRF Retail’s Big Show. Este ano tivemos como principais temas o perfil dos consumidores e a gestão de pessoas.

Uma das palestras de destaque foi a “The DNA of the Digital Native Audience”, organizada pela WD Partners, abordando o comportamento do consumidor frente as novas gerações. Durante a exposição foram apresentados dois perfis: os Digital Native”, jovens que nasceram na época digital, e os “Digital Imigrant”, pessoas mais velhas que a era digital. Tais perfis alteram a dinâmica de compra e de relacionamento com as tecnologias, de acordo com graus de aceitação específicos e utilizações variadas.

E os varejos internacionais estão cada vez mais preparados para atender estes públicos.  Um exemplo, é a Amazon, que por meio da AmazonGO, traz um atendimento personalizado, inovador e com comodidade, temas chave para esta geração. Na loja não existem atendentes, toda a interação é feita via aplicativos integrados, com linguagem simples e engajadora. Mas se de um lado, quanto aos aspectos de consumo, o tema é destaque e preocupação dos varejistas, de outro, quanto à atuação das gerações como colaboradores internos, muito há ainda que se desenvolver. Como você está tratando seu colaborador diante dos novos valores existentes? Todas as mudanças tidas com relação às entregas diferenciadas ao consumidor são replicadas nas práticas internas? Como garantir que o engajamento tão necessário na ponta ocorra por meio das pessoas existentes naquela cadeia?

Com muitos anos focado no consumidor o varejo esqueceu de voltar seu olhar para dentro, e agora com este novo perfil de consumidor e de funcionário surge um novo desafio: a gestão de pessoas voltada para este fim. Os varejistas em sua maioria tratam seus colaboradores da mesma forma que tratavam a 30-40 anos atrás, por mais que visualizem as mudanças de comportamento de seu público consumidor. Além de errado, o método não é o mais eficiente e muito menos o que traz os melhores resultados. Ambas as questões seguem em conjunto, sendo uma dependente da outra.

A geração dos “Digital native” (geração millenial) não veem mais a remuneração como principal motivo de sua contratação. Eles se importam mais com seu propósito de vida, com a cultura da empresa e com o clima organizacional. Se não se sentirem bem com o ambiente, não será um salário um pouco maior que segurará ele na empresa. Esta geração não vê a empresa simplesmente como um local para conseguir seu dinheiro, mas sim como parte de sua vida.

Sabe aquela frase “você é o que você come”.  Hoje em dia ela se aplica a tudo, inclusive a seu local de trabalho. Assim, saber como engajar estes colaboradores, criar uma cultura organizacional e mostrar que a empresa pode ajuda-los em seus propósitos pessoais se mostram como grandes desafios.

Como você engaja seu colaborador? Seus funcionários tem orgulho de trabalhar em sua empresa? O mundo mudou, está na hora de você mudar também.